sábado, 12 de abril de 2014

Luís Nancassa apela o povo a votar no seu projecto de levar avante o pais



Bissau, 12 Abr 14 (ANG) – O candidato independente a eleição presidencial do próximo domingo, o professor Luis Nancassa apelou a população guineense a não se deixar enganar com camisolas de propaganda eleitoral dos seus adversários, mas que votem no seu projecto de levar avante o pais.

Falando em exclusivo a ANG, depois de inviabilizado o seu comício popular para assinalar o fim do período da campanha eleitoral, exortou aos guineenses a fazerem a escolha que possa servir de alavanca para que a Guiné-Bissau, finalmente, possa conhecer o desenvolvimento.

“Devemos votar para a soberania do pais”, exortou o candidato que considera que apesar de ser independente, a Guiné-Bissau não é um pais soberano, pois continua ainda a depender das ajudas do exterior para sustentar a sua balança de pagamento.

Na opinião de Luis Nancassa, isso é mau para um pais soberano e prometeu inverter a tendência caso for eleito, isto é, fazer com que a Guiné-Bissau seja “verdadeiramente livre e independente”.

Sobre as reformas no sector da Defesa e Segurança, o candidato argumentou que, tendo em conta a situação a que chegou, o pais necessita de reformar todos as suas instituições, ou seja, refundar o próprio Estado.

“Isso é necessário porque vivemos num pais sem Estado, em que a população não sente a presença das autoridades”, criticou para acrescentar que em caso de vitoria iria reimplantar a Nação.

Em relação a classe castrense, lembrou que os seus elementos fazem parte do povo e que devem pensar no desenvolvimento do pais, pois eles também iriam beneficiar disso. Assim, preconiza um diálogo franco e aberto com os militares para em conjunto mudar o pais para positiva.

No capítulo externo, lembrou que a primeira coisa a fazer é restaurar a dignidade da Guiné-Bissau para que o mundo a possa olhar com respeito, pois, admitiu, as dificuldades de relacionamento que hoje se constata advém do próprio comportamento dos guineenses face ao olhar dos outros.

“Ninguém quer ser amigo de quem não gosta de si mesmo”, sintetizou lembrando que ao longo destes anos o pais “andou de golpe em golpes de Estado” e devido a “todas essas sujeiras” de certeza que ninguém quererá ser “nosso amigo”.

Para tal, aconselha ser necessário corrigir a “nossa” maneira de ser, limpar toda esta imagem interna “muito negativa”, para fazer com que os outros venham ao “nosso” encontro. 

ANG/JAM


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