UNTG
exige o pagamento de dois meses para levantar a greve
Bissau, 09 de Abril 14 (ANG)
– A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) informou que o
pagamento de, pelo menos, dois meses de salário é a condição mínima para o
levantamento da greve de três dias, que hoje iniciou na função pública guineense,
decretada por esta central sindical.
Em declarações à Agencia de
Noticiosa da Guiné (ANG), o porta-voz da comissão de greve, Laureano Pereira da
Costa informou que a maioria das instituições públicas estão paralisadas ou
seja o número de aderência a greve se situa em 90 por cento.
O pagamento de três meses de
salários em atraso (Janeiro, Fevereiro e Março 2014) e regularização da
situação de transporte público de funcionários, são as reivindicações da UNTG.
O porta-voz qualificou de má
fé ou até da falta de vontade do actual executivo em resolver problemas dos
funcionários.
“Estamos a quatro meses sem
salário, ou seja, quatro meses de jejum, de miséria, de sacrifício e da morte
lenta por parte dos funcionários públicos guineenses”, caracterizou Laureano
Pereira da Costa.
Explicou ainda que os
governantes estão a ostentar viatura de luxo nas vias públicas, enquanto os
funcionários a morrem de fome. Acrescentou que sempre que abordado, o executivo
argumenta que não há dinheiro para pagar salário.
“No entanto, há dinheiro para
à compra de viaturas para campanha”, indignou-se o porta-voz.
Laureano Pereira Dias
prometeu lutar para dignificar a classe trabalhadora guineense e lembrou aos governantes
para inculcarem que são também funcionários públicos, pelo que devem respeitar os
seus companheiros de baixa escalão na administração estatal.
Caso as exigências da UNTG
não forem satisfeitas, a central sindical, segundo o porta-voz, irá entregar ao
executivo um novo pré-aviso de greve na próxima segunda feira.
ANG/
LPG
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