quinta-feira, 11 de junho de 2015


Caso Idelfrides

Primeiro-ministro avalia se há ou não condições para ele continuar no Governo

Bissau,11 Jun 15(ANG) - O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau afirmou quarta-feira que ainda não tem completa as informações sobre as razoes da    recente detenção do Secretario de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades, Idelfrides Fernandes.

Em declarações  aos jornalistas à sua chegada de uma visita de trabalho à Mauritânia e Roma, Domingos Simões Pereira disse que acaba de receber essas informações do ministro dos Negócios Estrangeiros e do da Administração Interna.

 "Quando eu saí daqui, falei  com o Secretário de Estado da Cooperação Internacional e  ele apresentou-me um documento escrito no qual me confirmava que não havia nenhum fundamento para as acusações que estavam a ser feitas contra a sua pessoa ", informou.

Simões Pereira disse  esperar que haja agora mais informações, uma vez que o governante já fora ouvido pelas autoridades judiciais , e  que em função dessas informações vai avaliar se há ou não condições para Idelfrides continuar no governo.

Idelfrides Gomes Fernandes foi detido sexta-feira passada e posto em liberdade no sábado na sequência de uma investigação sobre a venda de passaportes à cidadãos estrangeiros.

Instado a avaliar  o relacionamento institucional entre o seu gabinete  e a Presidência da República, o Primeiro-ministro disse que acaba de chegar e que a situação é aquela que deixou.

" Como eu disse várias vezes, estamos a tratar de vários assuntos que são sensíveis e são difíceis. Muitas vezes, a nossa posição não tem sido coincidente com a de sua excelência, o Presidente da República.

Eu respeito, quanto possível, a posição do Sr. Presidente da República naquilo que são prerrogativas e competências dele. O que eu espero é que tenha condições de também exercer a minha visão naquilo que for as competências do Primeiro-Ministro”, esclareceu.

Domingos Simões Pereira esteve em visita na Mauritânia e mais tarde participou na 39ª Conferencia da FAO decorrida em Roma, Itália.

"Confirmamos igualmente com a FAO um conjunto de desenvolvimentos que nesse momento estão a ser rubricados pelo ministro da Agricultura e que em parte deverão ter incidências importantes na actual campanha agrícola e noutros aspectos tanto na produção cerealífera como no desenvolvimento animal", informou.

Domingos Simões Pereira sublinhou que trouxe de Roma um sentimento de que abriu-se vários espaços de cooperação com a FAO e outros organismos como a FIDA e que  trarão frutos para o país.

Em relação a sua deslocação a Mauritânia, Simões Pereira disse que assinou vários acordos com autoridades daquele país com destaque para a abolição de vistos de entradas de cidadãos da Guiné-Bissau e vice-versa. ANG/ÂC/SG

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário