Autoridades sanitárias reforçam vigilância junto a fronteira
com Guiné-Conacri
Bissau, 12 Jun 15 (ANG) - O
Ministério da Saúde da Guiné-Bissau reforçou medidas de vigilância contra a
ébola nas regiões de Gabú e Tombali que fazem fronteiras com Boke, região da
Guiné-Conacri afectada recentemente pela doença.
A informação foi dada
hoje em Bissau pelo Presidente do Instituto Nacional da Saúde (INASA), Plácido
Cardoso, durante uma conferência de imprensa na qual anunciou as medidas
preventivas adoptadas para fazer face ao novo aparecimento da doença em Boke.
Plácido Cardoso disse
que, para além do reforço de vigilância, através de registo de entradas de pessoas
na Guiné-Bissau, estão a ser levadas a cabo acções de formações às unidades
sanitárias do país.
A partir de
segunda-feira, 15, iniciar-se-á um curso de “respostas rápidas” nas regiões de
Tombali, Gabu e nas ilhas dos Bijagós, abrangendo não só técnicos de saúde, mas
também ONGs e as forças de defesa e seguranças instaladas nestas localidades.
Cardoso desaconselha aos guineenses,
particularmente os que residem junto a fronteira com a Guiné-Conacri, viagens desnecessárias
à zonas afectadas nesse país.
Recomenda o contacto,
o mais depressa possível as estruturas de saúde mais próxima, em caso de verificação
de sintomas tais como alta temperatura, vómito (com sangue) e diarreia.
Aconselha que seja
evitado o contacto directo aos doentes, a lavagem sempre das mãos com água e
sabão e o cumprimento da decisão do governo que proíbe a realização de feiras
populares e cerimónias tradicionais, como “toca choro”.
Segundo o informe
semanal da OMS, o caso que resultou numa vítima mortal foi detectado na
prefeitura de Kamsar, na região de Boke que
faz fronteira a zona sul e lesta com a Guiné-Bissau.
A vítima estava na lista da OMS por suspeita
de ter estado em contacto com os doentes infectados.
Entre um e sete deste
mês, de acordo com a OMS, houve 16 novos casos de ébola em toda a Guiné-Conacri
e o da região de Boke, em Kamsar, foi o único que surgiu no norte do país,
Apesar de a ébola ainda persistir na Guiné-Conacri e Serra-Leoa,
a Nigéria e a Libéria já foram declarados livre desta doença que já provocou
milhares de vitimas mortais.
ANG/QC/JAM/SG
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