quarta-feira, 24 de junho de 2015

Política/governação




Baciro Djá se demite do governo por alegada “quebra recíproca de confiança”

Bissau, 24 Jun 15 (ANG)- O ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares endereçou terça-feira uma carta ao Primeiro-ministro, na qual pediu demissão por alegada “quebra recíproca de confiança” entre os dois.

 Na missiva à que a ANG teve acesso  , Baciro Djá afirmou que “havendo um conflito insanável” que torna  “impossível a coabitação no seio de executivo, resultante das circunstâncias de ter deixado de subsistir a relação de confiança que outrora” os unia, cabe a ele  “aceitar as regras democráticas e tirar as consequências políticas dessa quebra de confiança”.

Baciro Djá que é também o 3º Vice-presidente do PAIGC, partido no governo, acrescentou que “para além da quebra de confiança”, deixou de rever no executivo que o Simões Pereira “insiste em manter, por razões incompreensíveis, com vários membros de governo na condição de arguido em processo crime”.

“Esta situação põe em causa a imagem, a seriedade e a credibilidade das instituições do país perante o povo e os parceiros”, lê-se na carta.

Finalmente, Baciro Djá disse desejar maiores sucessos ao Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, “nos seus propósitos de governação” e que informou-lhe que irá retomar o seu mandato de deputado no parlamento para  continuar a defender o programa  do PAIGC e a suportar o governo, “em tudo quanto corresponda aos superiores interesses do povo guineense”.

Os alegados desentendimentos entre Baciro Djá e o Presidente do PAIGC e Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, vieram ao publico  na última reunião do Comité Central do PAIGC, na qual este teria manifestado o seu desagrado com alegada conduta de Baciro Dja considerando-a contrária ao princípio da unidade e coesão interna e que terá comprometido a concretização de alguns objectivos da governação.

Se se confimar a saída do Ministro Baciro Djá, será a segunda, dado que o antigo titular da pasta da Administração Interna, Botche Candé, havia deixado o cargo por alegado comportamento  prejudicial ao Estado guineense em relação ao caso que envolveu os rebeldes de Casamance, República de Senegal. 

ANG/QC/SG

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