terça-feira, 2 de junho de 2015

Cipriano Cassamá em Luanda




Pedido de  retoma da cooperação apresentado às autoridades angolanas

Bissau, 02 Jun 15 (ANG) -O presidente da Assembleia Nacional Popular manteve segunda-feira um encontro de trabalho com o seu homologo angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Cassamá está em Angola no quadro de uma visita de trabalho que ambiciona entre outros objectivos a criação de condições para a retoma da cooperação entre Bissau e Luanda interrompida com o golpe militar ocorrido em Bissau em Abril de 2012, numa altura em que uma missão angolana de segurança apoiava as reformas no sector da defesa e segurança.

Segundo o Jornal de Angola, Cicpriano Cassamá declarou a saída da audiência com Dias dos Santos,  que Angola sempre esteve ao lado da Guiné-Bissau, e que o seu país quer retomar a cooperação com Angola no domínio da Defesa e Segurança, bem como recuperar as relações existentes noutros sectores, com realce para a cooperação parlamentar e a exploração das águas profundas do Porto de Buba e das minas de bauxite. 

O líder parlamentar afirmou que a Guiné-Bissau quer colher a experiência angolana no domínio da reforma parlamentar e da Constituição da República.  “Neste momento estamos a fazer a revisão da Constituição da República e do Parlamento. Também tivemos já a oportunidade de dar posse a uma Comissão Nacional de Reconciliação, o caminho para a consolidação da paz definitiva na Guiné-Bissau”.

Cassamá declarou  ter levado à Angola a vontade inequívoca do povo da Guiné-Bissau, de todos os partidos políticos com e sem assento parlamentar e de todas as autoridades para falar com as autoridades angolanas e pedir desculpas ao povo angolano “pelos acontecimentos vergonhosos e tristes de 12 de Abril de 2012”.

O líder parlamentar guineense terá reconhecido que Angola esteve na Guiné-Bissau a trabalhar desinteressadamente, tendo acrescentado que os acontecimentos ocorridos em 2012 abalaram o povo guineense e o desenvolvimento do país.

 Angola e a Guiné-Bissau assinaram um acordo nos termos do qual a parte angolana ajudava o Programa de Reforma das Forças Armadas guineenses.

O  acordo foi posto de parte, depois de a Missão Angolana na Guiné Bissau (MISSANG) ter sido forçada a abandonar o país, em Junho de 2012.

O Programa de Reforma das Forças Armadas guineenses incluía a reparação de quartéis militares e esquadras policiais, a reorganização administrativa, a formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efectivos em instituições militares e policiais angolanas.

ANG/Jornal de Angola

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