segunda-feira, 29 de junho de 2015


Crise na soberania

Conselheiro do Presidente da Republica diz que Primeiro-Ministro deve apresentar pedido de demissão

Bissau,29 Jun 15)ANG) - O conselheiro do Presidente da República para Assuntos da Defesa e Segurança considera que o Primeiro-Ministro deve apresentar a sua demissão ao chefe de Estado para que este o reconduza no cargo.

Vista do Palacio da República
António Avelino Cabral que falava sábado, dia 27 de Junho, num debate na Radio Privada “Bombolom FM”, disse  que näo têm efeitos as recentes Moção de Louvor e de Confiança  aprovadas pelo Comité Central do PAIGC e pela Assembleia Nacional Popular.

“Tanto um como outro não têm efeitos positivos, pois a principal figura de confiança para o Primeiro-Ministro é o Presidente da República”, sustentou. 

O Conselheiro de José Mário Vaz relembra no debate que o Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira, terá dito que o Presidente da República o considera quase como “persona non grata”.

“E na política, quando se trata de falta de confiança, o melhor recurso é pedir a demissão, para melhor  dissipar a dúvida perante o seu superior hierárquico”, frisou, acrescentando, “até porque o mesmo ainda lhe pode recusar ou aceitar o pedido”.  

Em relação ao momento conturbado da coabitação tensa entre os órgãos da soberania, Avelino Cabral sublinhou  que  a melhor prenda que o Presidente da República pode dar aos guineenses nesta  circunstancia “é permanecer-se em silêncio sobre a atual crise política institucional até desembocar-se à fossa”.

Aquele responsável disse que “as correrias” do Primeiro-Ministro a procura de moções de confiança é resposta de que desobedece o aconselhamento ou que tenha procedimentos incorrectos no seu percurso, “porque quem não pratica algo não treme”.  

O Conselheiro do Presidente da República, foi ainda mais longe ao afirmar que o Presidente da República do Senegal Macky Sall e o Representante do Secretario Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o santomense Miguel Trovoada não têm lições de moral para dar ao 
 Domingos Simões Pereira porque, segundo António Cabral, esses também envolveram-se, no passado, nas crises sem precedentes nos seus países. 

Contudo, Avelino Cabral tranquiliza aos guineenses e a comunidade internacional de que nada indica que o Presidente da República vai demitir o governo de Domingos Simões Pereira. ANG/ÂC/SG

Sem comentários:

Enviar um comentário