Ensino
SINDEPROF considera positivo
primeira vaga de greve
Bissau
04 Jun 15 (ANG) – O Presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF),
considerou hoje de positivo os três primeiros dias da primeira vaga da greve observada
entre os dias 2 e 4 do corrente mês, afectando algumas escolas públicas.
Laureano
Pereira disse em declarações à ANG que houve uma adesão à grave de 95 por cento, em todo o território nacional.
O
Presidente do SINDEPROF disse que durante os três dias de paralisação não
receberam nenhum sinal do executivo no sentido de as partes procurarem uma
solução para o diferendo.
“Isso mostra claramente que o governo não está
interessado em resolver os problemas dos professores ou que preocupa mais com o
dinheiro do que com a resolução dos
problemas sociais”, disse o sindicalista.
Laureano
disse que contam desencadear uma nova
paralisação com início na próxima terça-feira, acrescentando que será
acompanhada de uma marcha de protesto pacífica a realizar na quarta-feira da
próxima semana e que vai iniciar na Chapa
de Bissau e terminar na Presidência da República, passando pela ANP e pelo
Ministério da Educação.
Laureano Pereira acusa o executivo de estar a
violar a lei da liberdade sindical, com acçöes de intimidação dos professores, retirando-lhes os
horários que entrega à outros indivíduos sem domínio e conhecimentos
pedagógicos sobre a matéria, numa fase em que o ano lectivo já está quase a
terminar.
De
acordo com este líder sindical, o acto de retirada de horários aos professores
que obedeceram a ordem de paralisação das aulas dada pelo SINDEPROF iniciou desde quarta-feira havendo a registar
12 vitimas dessa decisão, sendo que a maioria, segundo Laureano, se encontra
afecta à escolas do Sector Autónomo de Bissau.
Laureano
Pereira da Costa responsabiliza ao Director do Ensino do Sector Autónomo de
Bissau, Causo Mané pelo acto da retirada dos horários aos professores.
“Ele
está a passar em diferentes escolas com a finalidade de levantar os nomes dos
professores que observam a greve com o
intuito de retirar-lhes os horários” ,disse.
Afirmou
que vão accionar mecanismos judiciais contra
o Ministério de Educação para fazer valer os direitos dos professores.
O
Presidente do SIDEPROF considerou ainda que o país não pode ter um governo
eleito que viola os direitos dos outros,
frisando que a revindicação é justa e se assim for não deve existir retaliações
por parte do patronato.
Pereira disse contudo que vão voltar as salas
de aulas a partir de sexta-feira e que na terça-feira voltam à greve e para cinco dias.
ANG/MSC/AC/SG
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