quarta-feira, 18 de maio de 2016

Crise política


Partido da Renovação Social  recusa integrar novo governo 

Bissau,18 Mai 16 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) recusou participar nas negociações e conseguentemente no novo executivo à ser liderado pelo Partido Africano de Independência da Guiné  e Cabo Verde (PAIGC) alegando a existência  de figuras “pagas” pelos libertadores para “destilar ódio e raiva em relação aos Renovadores  e seus dirigentes.

Segundo uma nota à imprensa à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, o PRS explicou que estas figuras actuam com um prognóstico firme de proporcionar a derrota do partido nas próximas eleições legislativas, fruto de instrumentalização do PAIGC.

O PRS referiu ainda  que antes de conhecer  as propostas que deviam ser levadas à mesa das negociações, o Presidente da PAIGC  mandou publicá-las nos meios de comunicação social e nos blogues.  

Segundo o comunicado, estas são as principais razões que levam os Renovadores a indagar da oportunidade de integrar o novo governo do PAIGC e do seu Presidente, que para além de insultar os juízes dos tribunais guineenses, não acata as suas decisões quando não lhes são favoráveis. 

A nota do PRS disse que o PAIGC finge desconhecer que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça prevalece sobre a decisão do Tribunal da Relação, que não revoga, e nem pretende revogar o acórdão n.º 3/2016 do Supremo Tribunal de Justiça que ordena o regresso dos 15 deputados expulsos ao parlamento.

O documento informa que perante estas e outras ameaças, os renovadores dizem não ver a utilidade de fazer parte dum governo liderado pelo PAIGC, se este dispõe de 57 mandatos no parlamento como afirmam. 

O Partido da Renovação Social chama atenção ao povo guineense e a comunidade internacional sobre o recrudescer de uma linguagem pouco própria, que tem vindo a registar na comunicação social a soldo do PAIGC e os seus seguidores, discursos inqualificáveis e inaceitáveis em Democracia, avisando que não deixarão  de ter uma resposta por parte do PRS.

Na nota o PRS recusou as informa
ções que dão conta que  está nesta luta, por causa de meia dúzia de cargos ministeriais, tendo Justificado que a reivindicação que está a  levar a cabo é acima de tudo para solucionar as sucessivas crises políticas que abalam o país, através do diálogo transparente e não na realização de eleições antecipadas ou não.

O PRS revelou ainda que o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), Murade Murargy admitiu recentemente que a organização aceitaria uma solução de governo que não integrasse o PAIGC, desde que seja capaz de garantir a paz e estabilidade para o povo guineense. 

"Mas foi alvo de torpes, violentas e injustas críticas a mando do PAIGC, como se as suas declarações fossem um sacrilégio", lê-se na nota.

Referiu  que aquando de despedida do Representante do Secretario geral da ONU, Miguel Trovoada proferiu palavras menos honrosas, mas ninguém do PAIGC se dignou defender a dignidade do cargo do mais alto magistrado da Nação. O que para o PRS, além da pessoa de José Mário Vaz, o que estava em causa, era a função de Presidente da República e de todos os guineenses.

Por outro lado, o PRS disse que apesar de dispor de capacidade e argumentos, não entrará pelo caminho da violência verbal gratuita, e baixeza moral, por ser um partido integrado por homens e mulheres de carácter e sentido de responsabilidade para com o povo guineense.

"Para tanto, chamamos a atenção à Sociedade Civil, a Liga Guineense dos Direitos Humanos e ao regulador da Comunicação Social, para estarem atentas aos tempos de antena, animados, nomeadamente, na “Rádio Bombolom”, onde os dirigentes do PRS, são vilipendiados com impropérios próprios de quem as profere. 

No comunicado, o Partido da Renovação Social disse que está disposto à lutar pela paz, estabilidade e o bem-estar do povo guineense. 

ANG/LPG/SG

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