Governo
demitido considera de "inexistente" Decreto Presidencial que nomeia
Baciro Djá
Bissau, 30 Mai 16 (ANG) - O Conselho de Ministros do
demitido governo de Carlos Correia considerou no último fim-de-semana de "inexistente"
o Decreto Presidencial Nº 02/2016 que nomeou
Baciro Djá chefe do governo da Guiné-Bissau.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros
produzido no fim desta reunião, à que a ANG teve acesso, Carlos Correia é o único e legítimo Primeiro-ministro
da Guiné-Bissau.
O comunicado ainda refere que a nomeação de Baciro
Djá se encontra fora do quadro legal.
“Em conformidade com a lei, o Acórdão número 01 /2015
dá ao PAIGC o direito de indigitar um novo Primeiro-ministro e de constituir o
governo", refere o comunicado.
O Conselho de Ministros apelou aos funcionários públicos
a prosseguirem de forma normal com as suas actividades.
No documento, o Colectivo ministerial pediu aos cidadãos que reconheçam a legitimidade
do governo de Carlos Correia de modo a solidarizar-se através de actos pacíficos
com vista ao rápido retorno à ordem constitucional.
O Conselho
de Ministros condenou a violência utilizada por elementos da polícia militar
que provocou ferimentos “graves” a quinze cidadãos na sua maioria militantes do PAIGC
dentre os quais três deputados da nação a quem o governo deseja um pronto
restabelecimento.
Reiterou o
apelo às Forças da Defesa e Segurança no sentido de darem absoluta observância aos parceiros
constitucionais que garantam a segurança e protecção à população.
O Conselho
de Ministros responsabilizou o
Presidente da República e o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas pela violência contra cidadãos e por eventual
agravamento da crise política no país e pelas consequências que daí poderão
advir.
Pediu a comunidade internacional para que se mantenha
atenta ao evoluir da situação sobretudo da componente de violação dos direitos
humanos.
ANG/AALS/ÂC/SG
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