terça-feira, 24 de maio de 2016

ONU/Saúde pública


Banki Moon lamenta “persistência” da fístula obstétrica no mundo

Bissau, 24 Mai 16 (ANG) – O Secretário Geral das Nações Unidas afirmou que  a persistência da fístula em alguns países e regiões do mundo é um indicador de falta de acesso aos serviços de saúde materna de qualidade. 

Na sua mensagem alusiva ao dia internacional pelo fim da fístula obstétrica que segunda-feira se assinalou,  à que a ANG teve acesso através do UNIOGBIS, Banki Moon acrescenta que para acabar com a doença, deve-se reforçar os sistemas de saúde e resolver questões mais amplas de desenvolvimento e de direitos humanos que afectam as mulheres e meninas, ou seja, a pobreza, desigualdade de género, o casamento precoce, gravidez precoce e falta de educação.

“Temos visto um grande progresso na saúde materna e neonatal nos últimos anos, e mais de 70 mil mulheres e meninas tiveram suas fístulas reparadas desde que o UNFPA e seus parceiros lançaram a Campanha Global para Acabar com a Fístula em 2003”lê-se na comunicação de Moon.

 No entanto, segundo o Secretário Geral da ONU, dois milhões de mulheres e meninas em todo o mundo continuam a viver com fístula, e há entre 50 mil  e 100 mil novos casos a cada ano.

 Ao ritmo atual, segundo Banki Moon, a maioria vai morrer sem nunca receber tratamento. Situação que considera de “comovente e inaceitável”.

Este responsável internacional lembrou que
a fístula foi “praticamente” eliminada na maioria dos países de alta e médio rendimento em todo o mundo.Por isso diz acreditar que pode ser eliminada em todos os países.

De acordo com a organização “Médico Sem Fronteiras”, a fístula obstétrica é um buraco formado entre a vagina e a bexiga ou o canal retal, através do qual urina e fezes escapam continuamente.

 Conforme este ONG internacional, são ferimentos devastadores resultantes de complicações no parto, que afetam mais de 2 milhões de mulheres no mundo.

Segundo os especialistas sanitários, qualquer mulher pode ter problemas de fístula, mas a maioria dos casos ocorre em países africanos. 

O “Médico Sem Fronteiras” explica que a fístula obstétrica é uma doença “amplamente” escondida, que afeta jovens mulheres que dão à luz em casa em regiões remotas e pobres, com acesso limitado, ou nenhum acesso, a cuidados de saúde materna. 

ANG/QC/SG


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