segunda-feira, 30 de maio de 2016

Crise política



 Presidente da LGDH discorda com participação de militares na manutenção da ordem pública

Bissau, 30 Mai 16 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), contestou sábado a intervenção directa dos militares na manutenção da Ordem Publica, tarefa reservada as autoridades policiais.
Augusto Mário da Silva

Augusto Mário da Silva que falava em conferência de imprensa, disse que as exibições públicas das Forças Armadas através da Policia Militar (PM), e outras companhias militar, apôs a divulgação do Decreto Presidencial que nomeia Baciro Djá como Primeiro-ministro (PM), não passa de manobras para  tentar intimidar os cidadãos para impedi-los de fazerem o uso dos seus direitos fundamentais.

De acordo com o Augusto Mário, a Liga não pode compactuar com acções  do género, por isso chama a atenção à direcção das Forças Armadas (FA) no sentido de realizarem  todas as suas intervenções em base de ordens legais para evitar qualquer manipulação ou instrumentalização que venha de quem vier.

“As forças armadas que resguardam-se nos aquartelamentos, que não se interferem nos exercícios de competências de outros órgãos. Que as forças de segurança garantam efectivamente, segurança aos cidadãos e os seus patrimónios”, alertou Augusto Mário.

Aquele defensor dos Direitos humanos considera, por outro lado, que a restrição de circulação dos cidadãos a zona circundante da praça dos Heróis Nacionais durante três dias,  não passa de um atentado grave à democracia.

“O que estamos a assistir durante três dias, é a restrição da liberdade de reunião de uma associação política neste caso o PAIGC. Não estamos num estado de “Sítio” ou de emergência, por isso não há motivos para  limitarmos a circulação e isso não pode ser por uma ordem verbal”, revelou o Presidente da LGDH.   
     
O presidente da  LGDH apela ao Presidente da República, José Mário Vaz, para enquadrar todas as instituições de defesa e segurança em padrões legais. 
ANG/LLA/ÂC/SG 

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