Marrakech, 17 nov 16
(ANG) – O ministro cessante dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau afirmou
quarta-feira que o país tem encetado algumas acções no quadro dos esforços globais
para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Soares Sambu que se
dirigia a plenária dos Chefes de Estados e de Governos reunidos na Convenção da
ONU sobre Mudanças Climáticas, em Marrakech, Marrocos, citou, a título de exemplo,
a promoção da gestão sustentada das florestas, reforçando o seu papel de
sumidouro absoluto de gases responsáveis pelo aquecimento global.
O Ministro referiu-se
a reorganização do sistema agrícola que, doravante, passará a usar mecanismos
inteligentes e resilientes ao clima para garantir a segurança alimentar e
nutricional das populações.
Soares Sambu realçou ainda
a implementação de estratégias e planos de acções com vista a promoção do
desenvolvimento das energias renováveis.
Na ocasião, Sambu
referiu que o fenómeno em curso no mundo tem ameaçado o modo de subsistência da
população guineense e está a pôr em causa as principais actividades económicas.
"Além de pertencer ao
grupo dos pequenos Estados Insulares em desenvolvimento, o pais é arquipelágico
e se situa há cinco metros abaixo do nível do mar, pelo que é vulnerável aos
efeitos climáticos", resumiu.
Diante desta situação tão exacerbada e devido
a sua fraca capacidade técnica e financeira de a fazer face, a Guiné-Bissau
optou por elaborar documentos e políticas para combater os fenómenos climáticos.
Nesse âmbito, segundo
Soares sambu, foram criadas o Plano de acção Nacional de Adaptações as Alterações
Climáticas, cujo respectvo relatório bianual de médio e longo prazo já está
feito.
A extensão do sistema
nacional das áreas protegidas terrestres e marinhas que até 2020 cobrirão 26
por cento do território nacional, a preparação do documento de contribuição para
atenuar os gases nocivos na atmosfera e a elaboração em curso da politica do
ambiente e desenvolvimento, são esforços a nível interno para tornar o pais
mais resiliente as alterações climáticas.
Depois de anunciar
que o pais, em tempo oportuno, ira ratificar o Acordo de Paris, cujo documento
já assinou, disse esperar que, com esta conferencia se possa remover as
barreiras ligadas ao financiamento climático com vista a implementação deste
documento.
Igualmente, disse
esperar que se operacionalize o Fundo Verde do Clima, estipulado em 100 mil
milhões de dólares anuais, para apoiar aos países mais vulneráveis, e reforçar
as capacidades institucionais com a criação de um Centro Regional de Excelência
de Alerta Precoce.
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG
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