sexta-feira, 18 de novembro de 2016

COP22



Chefes de Estado e Governos apelam “compromisso político mais forte” a favor do clima

Marrakech, 18 Nov 16 (ANG) - Os Chefes de Estado, de Governos e Delegações de diferentes países, reunidos em Marrakech, Marrocos, na 22a Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas concluíram ser urgente o estabelecimento de um compromisso político mais forte para lutar contra os fenómenos climáticos.
 
Esta conclusão vem expressa no documento final do evento que hoje terminou e no qual os dirigentes mundiais apelaram ainda uma forte solidariedade em relação aos países mais vulneráveis ​​aos impactos das alterações climáticas, nos seus esforços para melhorar a sua capacidade de se adaptar, para construir a resiliência e reduzir as suas fraquezas diante das adversidades do clima.

“Apelamos à todas as partes para fortalecer e apoiar os esforços para erradicar a pobreza, garantir a segurança alimentar e tomar medidas fortes para lidar com os desafios da mudança climática no domínio da agricultura”, exortam os participantes.

Os reunidos afirmam que o clima do Planeta está a aquecer a um ritmo alarmante e sem precedentes, pelo que constitui o dever urgente de todos trabalhar para fazer face à essa ameaça.

Depois de se comprometerem na sua aplicação integral, os participantes do evento manifestaram a esperança de ver implementado o Acordo de Paris, sobretudo pelas suas metas ambiciosas, sua natureza inclusiva e sua conformidade com o equidade e o princípio das responsabilidades comuns.

“Na verdade, este ano vimos um grande impulso na luta contra as alterações climáticas em todo o mundo e em muitos fóruns multilaterais”, salientaram os presentes que sublinharam que tal dinâmica é irreversível e guiada, não só por governos, mas também pela ciência, pelo mundo corporativo, bem como por uma acção global.

De acordo com os mesmos, é necessário fortalecer a cooperação mundial para colmatar o fosso entre as trajetórias de emissões atuais e aquelas necessárias para atingir os objectivos, a longo prazo, de limitar a temperatura definida pelo Acordo de Paris.

Para isso, sublinharam, é preciso aumentar o financiamento, facilitar o seu fluxo e acesso e, ao mesmo tempo, e os países desenvolvidos devem contribuir na melhoria de capacidade e fornecer tecnologia as nações em desenvolvimento.

No documento, os países desenvolvidos voltaram a reafirmar o seu objectivo de mobilizar 100 mil milhões de dólares norte-americanos nos próximos 5 anos para financiar os esforços para mitigar os efeitos climáticos no mundo.

“Clamamos por mais acções a favor do clima e tendo em conta as necessidades específicas e circunstanciais dos países em desenvolvimento, os menos desenvolvidos e aqueles particularmente vulneráveis ​​à efeitos adversos da mudança do clima”, expressaram os participantes.

Os presentes exortaram aos actores não-estatais a se juntarem aos governos nas suas acções de mobilização “imediata e ambiciosa”,  observando as iniciativas e Parcerias lançadas em Marrakech.

“A transição das nossas economias para alcançar os objectivos do Acordo de Paris oferece uma oportunidade positiva e substancial para a prosperidade melhorada e o desenvolvimento sustentável”, sustentaram as personalidades reunidas.

A Conferência de Marraquexe marca  um ponto de viragem no compromisso das partes de reunir a comunidade internacional num todo para em bloco  enfrentar um dos maiores desafios da actualidade.

“Nossa tarefa hoje é de continuar à este ritmo para, juntos, avançar deliberadamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e encorajar os esforços de adaptação, melhorar e apoiar a Agenda de Desenvolvimento durável 2030 e seus objetivos de desenvolvimento sustentável”, concluíram.

A 22a Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas  decorreu de 7 a 18 do mês em curso na cidade marroquina de Marraquexe, sob o  slogan “É tempo de agir” e reuniu pelo menos 25 mil participantes oriundo de todo o mundo.
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG.

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