TAP retoma voos para Bissau esta quinta-feira
Bissau,30
Nov 16 (ANG) - As condições de operacionalidade dos voos para a Guiné-Bissau
estão garantidas, disse hoje à Lusa uma fonte oficial da transportadora aérea
portuguesa TAP, que vai recomeçar a rota para o país africano no dia 01 de
dezembro.
"A
suspensão da rota deveu-se a um incidente que pôs em causa a verificação das
condições normais de operacionalidade, e é essa situação que se considera estar
ultrapassada", disse o porta-voz da TAP, António Monteiro.
O
reinício das operações "tem a ver com a verificação de condições que
levaram à suspensão da rota", vincou o porta-voz da transportadora
portuguesa, mas também com a gestão da frota de aviões da TAP.
"Há
uma redução global da oferta, por isso há mais disponibilidade da frota e foi
também isso que permitiu programar o reinício das operações", que arrancam
esta quinta-feira.
"A
TAP está muito satisfeita por voltar a operar Bissau, voltando a servir todos
os países africanos de língua portuguesa, reforçando a sua presença em África,
continente que constitui um dos seus eixos estratégicos", acrescentou.
No
site da TAP, segundo a Lusa, já é
possível fazer reservas para esta rota, com uma viagem de ida e volta para a
Guiné-Bissau, com partida dia 1 de dezembro às 21h50 e chegada às 02:00, e
regresso no dia 04 de dezembro a custar um total de 782 euros, na versão mais
barata.
Os
voos vão realizar-se às quintas-feiras e sábados, no sentido Lisboa/Bissau, com
partida às 21:50 e chegada às 02:00. No regresso, os voos irão partir de Bissau
todas as sextas-feiras e domingos, pelas 02:50, chegando a Lisboa às 06:00.
A
TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau desde que no dia 10 de dezembro de 2013
uma tripulação da companhia portuguesa foi obrigada a transportar para Lisboa,
a partir do aeroporto de Bissau, 74 passageiros nacionais da Síria, mas que
viajavam com documentação que se revelara falsa.
A
tripulação alegaria que foi forçada a transportar aqueles passageiros que
acabariam por pedir asilo em Portugal.
O
Governo português classificou como “ato semelhante ao terrorismo” o embarque
forçado dos passageiros e exigiu explicações detalhadas às autoridades de então
em Bissau.
A
Guiné-Bissau era dirigida na altura daqueles acontecimentos por um governo de
transição saído de um golpe militar.
Foi
realizado um inquérito cujas conclusões não foram tornadas públicas, mas do
processo não houve nenhuma diligência judicial na Guiné-Bissau.
Sem
ter as devidas explicações e considerando que não existiam as condições de
segurança, a TAP decidiu, a 11 de dezembro de 2013, pela suspensão das suas
operações para a Guiné-Bissau evocando “grave quebra de segurança” no aeroporto
internacional Osvaldo Vieira.
A
ligação aérea entre Bissau e Lisboa, passando por Casablanca, em Marrocos, com
uma escala de várias horas, passou a ser feita pela companhia Royal Air Maroc,
com voos todos os dias com exceção das quartas e sextas-feiras.
Em
novembro de 2014, a companhia privada portuguesa EuroAtlantic iniciou as suas
operações regulares, ligando, com voos diretos, Lisboa e Bissau, inicialmente
com um voo semanal e mais tarde aumentado para dois.
ANG/Lusa
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