“Temos base sólida para reduzir o aquecimento global a 2 degraus”, diz Segolene Royal
Marakech,08 Nov 16 (ANG) - A Presidente do Fórum sobre a Convenção das
Nações Unidas para Mudanças Climáticas realizadas em 2015 em Franca, sublinhou
que, com a entrada em vigor do acordo obtido em Paris (AP) em Novembro, o mundo
possui agora uma base solida para reduzir o aquecimento global em menos de dois
graus centígrados e, assim, diminuir o efeito das mudanças climáticas.
Segolene Royal que falava segunda-feira na abertura oficial do 22ª Conferência da ONU
sobre mudanças climáticas na cidade de Marrakech, Marrocos, acrescentou que até
aqui, pelo menos 100 países do mundo teriam já ratificado o AP, “graças ao
trabalho de todos, que permitiu a concretização do que se pensava ser impossível”.
“Trata-se de um momento relevante para a história da humanidade”, destacou
a ex-ministra e ex-candidata presidencial francesa que lançou um apelo aos
restantes 93 países que ainda não ratificaram o AP, no sentido de fazê-la ainda
antes do final do ano em curso.
Salientou que é precisos agir face ao que chamou de “urgência climática”,
pois, segundo ela, é necessário adoptar uma estratégia eficaz no tocante a situação
climática à escala planetária, e elevar este “desafio’ á um alto
patamar no sentido de tornar verde o mundo no futuro.
“Tal pretensão exige uma justiça climática, especialmente para a África. O
COP22 é Africana. É aqui que reside a esperança do mundo”, frisou Segolene
Royal realçando as
prioridades desta reunião na mobilização de acesso ao financiamento e
transferência de tecnologias.
O continente africano foi a prioridade de Sogolene ao longo da sua
presidência, que será transferida para Salaheddine
Mezouar, Ministro dos Negócios
estrangeiros de Marrocos.
Três relatórios marcaram o mandato de Royal: um inventário sobre a anergia
marinha em Africa, um retrato sobre a situação da mulher e o clima e ainda um
trabalho sobre o clima e segurança.
“Estou confiante em vocês e sei que
vamos ganhar esta causa”, concluiu.
Por sua vez, a Secretaria executiva do COP22, Patrícia Espinoza advertiu
que a urgência de todos assinarem o AP reside nos compromissos assumidos nos
últimos meses, os quais não detalhou.
“É motivo para celebrações mas é uma advertência oportuna sobre o que se
espera de todos nós, ou seja a realização dos objetivos do AP”, disse para
depois realçar que a reunião de Marrakech é o momento certo para adoptar medidas
concretas sobre o clima.
A conferência de Marrakech tem por objectivo dar inicio a implementação do AP e definição das regras e de procedimentos, identificação de fontes de financiamentos, entre outros.
Preve-se para 2023 a realizacão do primeiro balanço da aplicação das promessas.
Jose Augusto Mendonça, enviado especial da ANG
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