sexta-feira, 11 de novembro de 2016

COP22


Jornalistas africanos capacitados sobre importância do mercado de carbono para redução das emissões  de gases

Marrakech, 11 Nov 16 (ANG) – “O Papel dos Mercados de Carbono na Reduccão das Emissões de Gazes com Efeito de Estufa”, foi quinta-feira tema principal de uma acção de formação aos  jornalistas que fazem a cobertura da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP22), que decorre na cidade marroquina de Marrakech.


 No evento, promovido pela Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA), no quadro das formações preconizadas pela equipa de comunicação da COP22, a favor dos jornalistas africanos, fez-se a  apresentação dos referidos mercados no mundo e, em particular em África.

O presidente do IETA, versou sobre "O que a entrada em vigor do Acordo de Paris significa para os mercados de carbono em África" e como os governos e as empresas devem proceder para alcançarem os seus objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para Dirk Forrister, as caraterísticas de um bom mecanismo para redução de carbono baseiam-se em metas claras, como resultados quantificáveis e aprovação regular de relatorios independentes sobre a situação de cada Estado.

Ele afirmou que cerca de 90 países teriam já manifestado interesse em usar os mercados de carbono nas suas contribuições a escala nacional ou seja seguir o chamado "roteiros de mudanças climáticas", dentre os quais nações africanas como o próprio Marrocos,  Senegal, a Etiópia e  Costa do Marfim.

Dirk Forrister destacou alguns exemplos de mercados de carbono já em funcionamento em todo o mundo, incluindo na América do Norte, entre a Califórnia e o Quebec, bem como projetos piloto na China e o seu mercado nacional de carbono, que deverá entrar em funcoes, em princípio, em 2017.

"Os Fundamentos da Ciência Climática", apresentado por um Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e a "Revolução das Energias Renováveis em África - Oportunidades e Desafios", orado por um membro da Agência Internacional de Energia Renovável foram ainda outros temas abordados durante o seminário.

Jornalistas atentos
A Gestora de Relações Externas da Equipa de Comunicação da COP22, Aicha Benmansour, realçou a importância desta formacao, e sublinhou que visa fornecer aos jornalistas africanos informações oportunas e úteis sobre as questões de mudanças climáticas. 

O enviado especial da Agência de Notícias da República da Guine-Conacri, Aboubacar Kaba Mory, em declarações a ANG no final do evento, disse ter apreciado positivamente esta formação, que na sua opinião irá facilitar a sua comunicação com audiência no seu país, aumentando assim a consciencialização do público sobre as questões de mudanças climáticas, particularmente no continente africano.

A IETA é uma organização empresarial sem fins lucrativos que trabalha no campo de producão e aplicação de energias alternativas tendo em vista a redução das emissões de gases com efeito de estufa na atmosfera. Fim.
José Augusto Mendonca , enviado especial da ANG

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