Maternidade
do Simão Mendes já dispõe de Bloco para
Cesarianas
Bissau,29 Nov 16(ANG) - O governo da Guiné-Bissau e parceiros
internacionais inauguraram no último fim de semana no Hospital Simão Mendes,
principal unidade de saúde do país, um bloco operatório moderno para cesarianas
que esperou dois anos para funcionar.

O objetivo é
diminuir a mortalidade materno-infantil na Guiné-Bissau, destacou Kourtoum
Nacro, representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), um
dos doadores das duas salas de operações.
Partos que
requerem cesariana e com hemorragias associadas são a principal urgência que o
Hospital Simão Mendes recebe todos os dias, segundo dados da unidade.
O bloco da
maternidade estava pronto a funcionar há dois anos, mas a abertura foi sendo
adiada pela direção do hospital por alegada falta de técnicos, obrigando as
grávidas a depender do bloco geral de cirurgias, mais antigo, com menos
equipamento e mais pacientes.
Kourtoum Nacro
lamentou a situação em entrevista à Lusa, há duas semanas, e considerou já não
haver desculpas para os atrasos depois de o UNFPA ter contratado especialistas.
"Se houvesse
organização e coordenação o bloco da maternidade já podia estar a funcionar",
referiu.
O anúncio da
inauguração surgiu poucos dias depois e a primeira cesariana deverá acontecer
na próxima semana, depois de uma desinfeção profunda do bloco.
Na Guiné-Bissau
549 mães morrem por cada 100 mil partos (a pior taxa do mundo lusófono, segundo
dados da Organização Mundial de Saúde de 2015) e 55 crianças em cada mil morrem
antes do primeiro aniversário (dados do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau,
2014).
ANG/Lusa
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