Bissau, 11 Nov 16
(ANG) – O recém-criado Movimento Cívico Nacional “No djunta mon pa fidjus de
tchom riba casa” (MCNPFGRC), pediu hoje, durante o lançamento do referido
Movimento às autoridades competentes do país, para que garantem segurança ao
regresso do ex-primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior e os demais compatriotas exilados
no estrangeiro.
Durante o acto, o
Coordenador daquela Organização, Fernando Gomes disse que o Movimento foi
criado para exigir ao estado guineense a garantia desegurança aos cidadãos
nacionais que durante anos se encontram asilados no estrangeiro, a fim de
poderem gozar dos seus direitos enquanto guineenses.
De acordo com o
Coordenador, a Guiné-Bissau é para todos os guineenses, portanto ninguém tem o
direito de impedir um cidadão nacional à regressar ao seu pais.
“Por essa razão é que
o movimento foi criado para sensibilizar
a população guineense assim como a Comunidade Internacional, com vista a apoiar
a criação das condições para o regresso
dos referidos cidadãos ”, disse Fernando Gomes.
O ex-presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), acrescentou que o movimento
pretende ainda lançar uma campanha nacional de recolha de assinaturas, para
pedir ao Órgão da Soberania a garantir segurança aos seus compatriotas em
asilo.
Por sua vez, o
Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Augusto Mário da Silva
salientou que qualquer guineense á livre de escolher onde queira viver.
“Segundo a
Constituição da Republica, nenhum guineense pode ser extraditado do país, e se
a lei não permite isso, muito menos a pessoa humana possa ter este direito”,
disse Augusto Mário.
O Presidente da Liga
Guineense dos Direitos Humanos referiu que o golpe de Estado de 12 de Abril
deixou grandes marcas no seio da sociedade guineense, porque muitos foram
espancados e assassinados, e os que escaparam foram obrigados a abandonar as
suas casas e famílias para se exilarem no estrangeiro.
O
ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior vive em Lisboa, Portugal desde 2012,
na sequência de um golpe militar.
Entretanto o
ex-presidente da Republica interino, Reimundo Pereira e o ex-ministro dos
Negócios Estrangeiros, Mamadu Djalo Pires, que com ele haviam pedido asilo em
Lisboa já regressaram ao país.
ANG/LLA /SG
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