União para a Mudança recusa participar no governo inclusivo
Bissau,21
Nov 16(ANG) - O partido União para Mudança (UM) demarcou-se hoje do próximo
Governo da Guiné-Bissau a ser liderado por Umaro Sissoco Embaló, por considerar
que a nomeação deste é uma decisão unilateral do Presidente guineense, anunciou
em comunicado.
Agnelo Augusto Regala |
A
força política, que conta com um deputado no Parlamento guineense, entende que
o chefe do Estado, José Mário Vaz, "rompeu em definitivo" o acordo de
Conacri, - mediado
pela comunidade oeste africana com vista à busca de um consenso na Guiné-Bissau
- ao propor Sissoco Embaló para primeiro-ministro.
O
partido liderado por Agnelo Regalla diz que repudia "liminarmente a
decisão do Presidente da República de nomear um novo primeiro-ministro à
revelia do consenso obtido nos encontros de Conacri, violando o mesmo de forma
clara e descarada, num total desrespeito pelos compromissos obtidos, pelos
mediadores e pela própria CEDEAO", lê-se no comunicado.
O
acordo de Conacri previa, entre outros, que o novo Governo a ser formado na
Guiné-Bissau seja integrado pelos cinco partidos representados no Parlamento,
mas a União para Mudança já fez saber que não tomará parte.
"A
União para Mudança não irá reconhecer qualquer Governo que surja à margem dos
acordos de Bissau e de Conacri e consequentemente abster-se-á de participar no
mesmo", afirma o partido.
Pede
ainda ao Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, mediador da crise guineense,
e à própria Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), que
publiquem as atas das reuniões realizadas em Conacri.
ANG/Lusa
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