Marrakech, 08 nov 16 (ANG) – O Ministro dos Negócios estrangeiros do Marrocos,
que assumiu segunda-feira a presidência da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas
(COP 22) garantiu que no seu mandato haverá facilidades e transparência
necessárias no relacionamento entre os Estados signatários do acordo de Paris
(AP), para assim promover uma dinâmica virtuosa para ajudar os países em
desenvolvimento.
Salaheddine Mezouar que falava durante uma conferência de imprensa realizada
logo depois de ter recebido o “martelo simbólico” das mãos da Presidente cessante da COP Sigolene Royal, sublinhou que espera
transmitir competências aos
Estados Partes para que possam aceder a maturação.
O novo presidente assegurou que vai garantir financiamento aos projectos assumidos em Paris e trabalhar com transparência para melhor definição e estruturação de iniciativas.
O novo presidente assegurou que vai garantir financiamento aos projectos assumidos em Paris e trabalhar com transparência para melhor definição e estruturação de iniciativas.
Vincou que ao longo do mandato de Marrocos, irão investir e fazer de tudo
para que se possa avançar “o mais longe possível, no consenso entre as partes”.
O diplomata marroquino ressalvou, mais uma vez, a necessidade de haver mais fluxo de financiamento, de capacitação e
transferência de tecnologia como questões essenciais para uma efectiva implementação do AP, ainda
por ratificar pelos parlamentos de 93 países do mundo, incluindo a Guiné-Bissau,
que, apesar do governo ter rubricado o documento, o parlamento ainda ainda não
o ratificou.
“Trata-se de um exercício que vamos fazer para que haja financiamento de
projetos e iniciativas financiáveis”, enfatizou Mezouar salientando que os
mecanismos para o desbloqueamento do chamado “fundo verde para o clima” incidirá
directamente sobre projectos bem estruturados
e já apresentados pelos países que candidataram, entre os quais a Guiné-Bissau.
''Faremos com que em 2017 haja maior
fluxo e que os financiamento possam ser acessíveis aos países” prometeu Salaheddine
Mezouar tendo salientado que o importante é facilitar e harmonizar estes fundos
de modo a minimizar ou, mesmo, neutralizar os obstáculos até aqui conhecidos no
seu desbloqueamento, nomeadamente a burocracia excessiva”, referiu.
Para tal, prosseguiu ainda o Presidente do COP22, e necessário haver confiança
na sua equipa, na certeza de que o seu
trabalho irá incentivar, e muito, os países em desenvolvimento a participarem e
obterem mais benefícios desta iniciativa da ONU.
'É este o foco sobre o qual estamos concentrados desde agora, ou seja, neste
primeiro dia que assumimos o cargo'', disse a concluir .
De acordo com o Chefe da delegação da Guiné-Bissau presente no COP22 e
ponto focal para as alterações climáticas, Viriato Luís Gomes Cassamá, o pais
se engajou em Paris com 7 ambiciosos projectos sub-regionais avaliados em cerca
de 200 milhões de dólares.
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG ao COP22
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