Cipriano Cassamá queixa-se de falta de segurança
Bissau,01 Fev
17(ANG) - O Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá,
reuniu-se terça-feira com elementos da comunidade internacional aos quais
transmitiu as suas preocupações sobre alegada falta de segurança no edifício da Assembleia Nacional Popular
(ANP).
Segundo
a Lusa que cita Ansumane Sanhá, diretor de gabinete, numa reunião de cerca de hora
e meia em casa de Cipriano Cassamá, onde está a exercer funções, o presidente
da ANP transmitiu as suas preocupações
aos membros do grupo P5: representantes em Bissau da Comunidade Económica de
Estados de África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia,
Comunidade de Países de Língua Portuguesa Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP) e Nações Unidas
A
insegurança no parlamento é relacionada ao facto de o governo ter mandado substituir o corpo de vigilância do edifício,
segundo Sanhá, "sem o consentimento" de Cassamá, "como manda a
lei".
.Ansumane Sanhá
afirmou que a situação no Parlamento continua "numa indefinição
total" e que Cipriano Cassamá quer que o P5 ajude na busca de uma solução
que inclua a retirada do corpo de segurança colocado no local pelo Governo.
Sobre esse
assunto, o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, dissera numa certa ocasiao
que compete ao ministro do Interior determinar a substituição do corpo de
segurança em qualquer órgão de soberania e que a mudança operada no Parlamento
obedeceu à lei.
Sissoco Embaló
prometeu mesmo que irá mandar reabrir as portas do Parlamento, que têm estado
fechadas há mais de um ano, devido às divergências entre o órgão legislativo e
o Governo.
Cipriano Cassamá
transmitiu também ao P5 a sua estranheza pelo facto de a CEDEAO ainda não ter
disponibilizado soldados para garantir segurança no Parlamento como tem feito
com outros órgãos de soberania.
O diretor do
gabinete do líder do Parlamento assegurou que o P5 prometeu uma resposta às
preocupações de Cipriano Cassamá.
Da parte da
comunidade internacional ninguém prestou declarações no final do encontro.
Por alegada falta
de condições de segurança no edifício do Parlamento, Cipriano Cassamá tem vindo
a trabalhar na sua residência há cerca de duas semanas, facto considerado por
deputados que apoiam o Governo de Sissoco Embaló como abandono de serviço.
Ansumane Sanhá
refuta a acusação e afirma que a lei guineense prevê que o órgão funcione fora
do edifício físico.
ANG/Lusa
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