Presidente
da República anuncia obrigatoriedade de
navios estrangeiros descarregarem
pescado no pais
Bissau,01 Fev 17(ANG) - O Presidente da República, José Mário Vaz, anunciou que doravante,
qualquer barco que pratique actividade de pesca nas águas territoriais da
Guiné-Bissau deve descarregar uma parte do pescado no pais.
O Chefe de Estado
guineense falava terça-feira perante vários operadores do sector, ao lado do
ministro das Pescas, Orlando Viegas,
na sua segunda visita consecutiva, em menos de uma semana, ao porto
de pesca de Bandim.
"Sejam eles navios da
União Europeia, da Rússia ou de outros países, as regras têm que ser
estas", defendeu José Mário Vaz, que considerou
inadmissível que navios estrangeiros, ao abrigo de licenças de pesca, trabalhem
nas águas territoriais do país sem deixar algum pescado para o consumo da
população.
O Presidente da República da Guiné-Bissau disse que as licenças de pesca
marítima do país só serão atribuídas a quem descarregar pescado no mercado
guineense ou ali comprar combustível para os navios.
José
Mário Vaz acredita que as receitas das licenças de pesca podem resolver
alguns dos problemas de subdesenvolvimento da Guiné-Bissau.
O Presidente
guineense acrescentou que a legislação terá que ser mudada para que os navios
apanhados em pesca ilegal passem a ser confiscados a favor do Estado.
"Ministro, se o
senhor não fizer isso,vou tirá-lo do lugar", avisou José Mário Vaz, dirigindo-se a Orlando Viegas, que detém a pasta do setor pesqueiro.
José Mário Vaz alerta, neste sentido, que os navios
que não cumprirem com as orientações, serão retirados as respectivas licenças
de pesca.
Para o Chefe de Estado, a Guiné-Bissau não pode ser
diferente de outros países do mundo, tendo referido que para trabalhar no
sector das pescas, em Marrocos, Mauritânia ou no Senegal é preciso cumprir com
certas exigências destes países.
Para fazer avançar a ideia, Vaz recomenda, ao
titular da pasta das Pescas para dirigir uma comissão a ser criada e que
integrará representantes dos bancos comerciais que operam no país e os do
sector privado com vista a apoiar os pescadores e mulheres peixeiras da
Guiné-Bissau.
“Há incompatibilidade de ser um fiscalizador
marítimo e ao mesmo tempo ser operador económico no sector das pescas. Isso tem
que acabar no país. A partir de agora ninguém pode obter licença sem fazer
investimento no país”, advertiu o Presidente da República.
Segundo o ministro das Pescas, Orlando Mendes
Viegas, os dados estatísticos indicam
que o sector das pescas contribui com quatro por cento no produto interno bruto
da Guiné-Bissau.
ANG/ÂC/SG
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