Carlos Lopes
destaca “tendência ao oportunismo” na vida política guineense
Bissau, 06 dez
19 (ANG) - O economista Carlos Lopes
afirmou, quarta-feira, que as “alianças não duram muito tempo” e que na
Guiné-Bissau existe “uma certa tendência ao oportunismo”.
A declaração
surgiu depois do anunciado apoio de Nuno Nabian, o terceiro mais votado na
primeira volta das presidenciais na Guiné-Bissau, a Umaro Sissoco Embaló que
vai disputar a segunda volta com Domingos Simões Pereira.
“É o jogo
democrático. As pessoas fazem as alianças que quiserem, embora na Guiné-Bissau
exista uma certa tendência ao oportunismo, quer dizer as alianças não duram
muito tempo. Neste caso, é uma aliança eleitoral imediata, eu acho que é o
percurso normal de uma situação eleitoral”,
afirmou, em declarações à agência Lusa, o economista Carlos Lopes.
O guineense, também especialista em
planeamento e desenvolvimento estratégico, falava, esta quarta-feira, à margem
do II Colóquio Internacional sobre a História do MPLA, que decorre até
sexta-feira em Luanda.
Em causa, o acordo entre Nuno Nabian, o
terceiro mais votado na primeira volta das eleições presidenciais na
Guiné-Bissau, e Umaro Sissoco Embaló que vai enfrentar Domingos Simões Pereira
na segunda volta, a 29 de Dezembro.
O documento tem também as assinaturas,
como testemunhas, de Braima Camará, coordenador nacional do Madem-G15, partido
que apoia Umaro Sissoco Embaló, e Alberto Nambeia, presidente do PRS, que
apoiou Nuno Nabian na primeira volta.
Na primeira volta, Domingos Simões
Pereira, do PAIGC, obteve 40,13% dos votos, e Umaro Sissoco Embaló conseguiu
27,65%
“Qualquer um dos candidatos tem condições de vencer
mas é evidente que Domingos Simões Pereira chegou com 40% na primeira volta,
tem toda a possibilidade de crescer, faltam-lhe nove vírgula qualquer coisa”,
defendeu Carlos Lopes que na campanha para a primeira volta tinha apelado ao voto
em Domingos Simões Pereira.
Os quatros vice-presidentes, Armando
Mango, Fatumata Djau Baldé, Joana Cobdé Nhanca
e Batista Té,e o Secretário-geral do partido, Juliano Augusto Fernandes
declararam, em comunicado, que o referido acordo não sendo decidido por uma
instância do partido só vincula Nuno Nabian que o assinou.
Estes dirigentes da APU-PDG prometerem
tornar público, nos próximos dias, a decisão do partido sobre quem apoiar na
segunda volta, cuja campanha eleitoral arranca no dia 13 de dezembro. ANG/RFI
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