Aberto ano lectivo 2014/2015
Bissau,13 Out 14 (ANG) - O Primeiro-ministro colocou
a Educação no segundo plano em relação ao sector da defesa e segurança no rol
das prioridades, pois justificou que é preciso que haja a paz e estabilidade
para que se consiga adoptar o sistema de ensino nacional.
Domingos
Simões Pereira falava segunda-feira na cerimonia de abertura do ano lectivo
2014/15 que decorreu num dos liceus da capital,sob o lema “Desafios para a
melhoria da qualidade da Educação na Guiné-Bissau”.
O PM
defendeu a necessidade de promoção de dialogo para encontrar compromissos
transitórios e acordos firmes que permitam o professor não só ter a formação necessária
para cumprir cabalmente o seu papel.
Domingos pereira aproveitou a ocasião para
esclarecer o que chamou de “um mal-entendido” entre seu gabinete e sindicatos
dos professores, com estes últimos a alegar terem sido menosprezados quando
lhe solicitaram uma audiência.
“Isso
não rima comigo, no relacionamento entre governo e sindicato a “nossa”
presunção deve ser sempre positiva, de tolerância e compreensão”, indicou o
chefe do executivo.
Segundo
explicou o PM o facto ocorreu na segunda semana depois de assumir o cargo,
quando o sindicato dos professores endereçaram uma missiva a solicitar-lhe
audiência.
Em resposta,
disse ter dado orientações ao pessoal do seu gabinete para saber junto dos
sindicatos o objectivo da audiência, mas houve negligencia por parte do pessoal
da primatura que não cumpriu com as suas orientações.
Na
altura a Ministra da Educação Nacional reconheceu a existência de atrasados
salariais e indemnizações aos professores, carências de manuais para todos os
níveis de ensino e as condições físicas das maiorias infraestruturas escolares
são inadequadas.
“O
Governo suportou cerca de 80% dos custos inerentes as provas globais desde
ensino básico até 12º ano, produziu 290 mil boletins de matrículas, 27 mil
formulários de horários para alunos e professores, 9 mil livros de pontos, 2030
exemplares de orientações gerais para este ano lectivo”, enumerou Odete da
Costa Semedo.
Em representação
aos dois sindicatos de professores, Luís Nancassa levantou algumas necessidades
para o bom funcionamento das aulas, nomeadamente melhoria de condições de
higiene e saneamento e reabilitação de algumas infraestruturas deterioradas.
Aquele responsável criticou o que chamou de “salário
miserável” e ainda a falta de subsídio para os docentes, e disse que estas
constituem razão para a sangria dos docentes que optam por empregos com
melhores condições remuneratório.
“É
altura do Estado dar rumo certo ao sistema educativo da Guiné-Bissau, caso
contrário não servirá de nada falar do desenvolvimento do país sem recursos
humanos”, advertiu Luís Nancassa.
Fidelis
Biombo Cá em nome da Confederação Nacional das associações Estudantis da
Guiné-Bissau (CONAIGUIB) manifestou a sua indignação com a extinção do segundo
turno, tendo questionando a ministra sobre o destino a dar aos alunos afectados
por esta decisão do executivo.
ANG/JD/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário