terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ensino

Aberto ano lectivo 2014/2015

 Bissau,13 Out 14 (ANG) - O Primeiro-ministro colocou a Educação no segundo plano em relação ao sector da defesa e segurança no rol das prioridades, pois justificou que é preciso que haja a paz e estabilidade para que se consiga adoptar o sistema de ensino nacional.

Domingos Simões Pereira falava segunda-feira na cerimonia de abertura do ano lectivo 2014/15 que decorreu num dos liceus da capital,sob o lema “Desafios para a melhoria da qualidade da Educação na Guiné-Bissau”.

O PM defendeu a necessidade de promoção de dialogo para encontrar compromissos transitórios e acordos firmes que permitam o professor não só ter a formação necessária para cumprir cabalmente o seu papel.

 Domingos pereira aproveitou a ocasião para esclarecer o que chamou de “um mal-entendido” entre seu gabinete e sindicatos dos professores, com estes últimos a alegar terem sido menosprezados quando lhe solicitaram uma audiência.

“Isso não rima comigo, no relacionamento entre governo e sindicato a “nossa” presunção deve ser sempre positiva, de tolerância e compreensão”, indicou o chefe do executivo.

Segundo explicou o PM o facto ocorreu na segunda semana depois de assumir o cargo, quando o sindicato dos professores endereçaram uma missiva a solicitar-lhe audiência.

Em resposta, disse ter dado orientações ao pessoal do seu gabinete para saber junto dos sindicatos o objectivo da audiência, mas houve negligencia por parte do pessoal da primatura que não cumpriu com as suas orientações.

Na altura a Ministra da Educação Nacional reconheceu a existência de atrasados salariais e indemnizações aos professores, carências de manuais para todos os níveis de ensino e as condições físicas das maiorias infraestruturas escolares são inadequadas.

“O Governo suportou cerca de 80% dos custos inerentes as provas globais desde ensino básico até 12º ano, produziu 290 mil boletins de matrículas, 27 mil formulários de horários para alunos e professores, 9 mil livros de pontos, 2030 exemplares de orientações gerais para este ano lectivo”, enumerou Odete da Costa Semedo.

Em representação aos dois sindicatos de professores, Luís Nancassa levantou algumas necessidades para o bom funcionamento das aulas, nomeadamente melhoria de condições de higiene e saneamento e reabilitação de algumas infraestruturas deterioradas.

 Aquele responsável criticou o que chamou de “salário miserável” e ainda a falta de subsídio para os docentes, e disse que estas constituem razão para a sangria dos docentes que optam por empregos com melhores condições remuneratório.

“É altura do Estado dar rumo certo ao sistema educativo da Guiné-Bissau, caso contrário não servirá de nada falar do desenvolvimento do país sem recursos humanos”, advertiu Luís Nancassa.

Fidelis Biombo Cá em nome da Confederação Nacional das associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAIGUIB) manifestou a sua indignação com a extinção do segundo turno, tendo questionando a ministra sobre o destino a dar aos alunos afectados por esta decisão do executivo.

ANG/JD/JAM
 

   

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