Fome
e pobreza assumem dimensão particular na GB, diz O Primeiro-ministro
Bissau, 20 Out 14 (ANG) – A Fome
e apobreza são desafios para qualquer sociedade e, nas condições da
Guiné-Bissau, elas assumem uma dimensao e gravidade bastante particulares,
referiu o Primeiro-ministro.
Domingos Simões Pereira que
falava no final da marcha desportiva entre o Aeroporto e praça do Império, organizada
dia 18, pela FAO (Organização da ONU para Agricultura), acrescentou que apesar
de reduzido em termos de dimensão territorial, a Guiné-Bissau possui condições
naturais excelentes.
“Somos um pais pequeno, mas
com condições naturais propicias para desafiar a fome e pobreza, pelo que se
todos contribuirem na agricultura seremos capazes de erradicar estes fenomenos”,
estimou o chefe do executivo na altura ladeado do representante residente do
FAO no pais.
O primeiro-ministro mostrou-se
convicto que juntos – governo, população, organizações internacionais parceiras
entre outras – é possivel atingir este desiderato.
Para tal, advertiu, é
preciso uma atenção especial a agricultura familiar, ou seja, que as familias possam
organizar-se e produzir o suficiente para consumir e vender o excedente para
melhorar a sua condição de vida.
Questionado sobre a falta de
laboratorios para controlo de qualidade dos alimentos, Domingos Simões Pereira referiu
que tal consta das prioridades do governo e integra o rol de um conjunto de
preocupações do executivo no quadro da segurança alimentar.
Disse que ao nivel da
secretaria de Estado das pescas e dos Ministérios da Saude e da Agricultura
esta-se a fazer um trabalho neste sentido, ou seja, de dotar o pais de um
laboratorio de controlo de qualidade tanto para a exportação como importação
dos produtos.
Entretanto o representante
residente da FAO comparou o combate a fome e malnutrição na Guiné-Bissau como
um acto de guerra, “mas já num ambiente pacifico”.
“Creio que é isso que o Primeiro-ministro
demonstrou ao apoiar-nos com a sua presença nesta marcha”, frisou Joachim
Akadié que exortou a população sobre a necessidade de voltar para a agricultura,
sobretudo a familiar, com vista acabar com a fome no pais.
“Aos jovens e mulheres é
necessario que saibam que a agricultura pode se tornar num negócio e nele podem
ganhar muito dinheiro para melhorar as suas condições de vida”, disse a
concluir.
A marcha congregou centenas
de populares guineenses.
ANG/JAM
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