quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Plataforma marítima


ONU pode alargar da Guiné-Bissau dentro de quatro anos

Bissau, 09 Out 14 (ANG) – O ministro dos Recursos Naturais manifestou a certeza de que, dentro quatro anos, a Guiné-Bissau vai ter uma outra configuração nos limites do seu território, com o alargamento da sua plataforma marítima para além dos 200 milhas náuticas.

Em conferência de imprensa, realizada na quarta-feira, Daniel Gomes anunciou que o pedido da Guiné-Bissau para esse fim foi feito as Nações Unidas à margem da última Assembleia Geral da organização realizada em Setembro, em Nova Iorque.

Acrescentou que a iniciativa foi feita em concertação com outros cinco países africanos nomeadamente, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, Mauritânia e Serra Leoa.

“A Guiné-Bissau pediu às Nações Unidas o alargamento da plataforma marítima para além das 200 milhas e afirma-se confiante numa resposta positiva” manifestou o ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes.

De acordo com o governante guineense, caso seja aceite a argumentação da Guiné-Bissau, o país obterá "grandes ganhos", nomeadamente, mais zonas para prospecção do petróleo e para pesca.

A resposta ao pedido do alargamento da plataforma marítima da Guiné-Bissau e dos outros cinco países será conhecida dentro de quatro anos, mas, até lá, Daniel Gomes afirma que o país será chamado por peritos da ONU para apresentar os seus argumentos.

O governante disse estar confiante "na tese da Guiné-Bissau", segundo a qual a sedimentação (fundo do mar) da zona reclamada é o prolongamento da parte continental do país.

O facto de a Guiné-Bissau ser constituída por uma zona continental e outra insular é para Daniel Gomes um ponto que poderá jogar a favor do país na apreciação da ONU.

A petição depositada na sede da ONU foi apresentada em conjunto com os cinco países africanos, mas cada um preparou o seu dossiê, sendo que a documentação da Guiné-Bissau foi trabalhada por técnicos nacionais em colaboração com peritos noruegueses.

"Há quem diga que nem conseguimos controlar a nossa soberania além das 12 milhas. É verdade, hoje não estamos a conseguir, mas amanhã, daqui, a 100, 200 ou 500 anos, as novas gerações serão capazes de tecnicamente controlar essa parte do nosso território que estamos a propor às Nações Unidas", notou Daniel Gomes.


ANG

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