terça-feira, 10 de maio de 2016

Crise política



          Presidente do PAIGC acusa chefe de Estado de faltar ao diálogo

Bissau, 10 Mai 16 (ANG) - O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, acusou o Presidente da República de ter suspenso  as reuniões semanais com o Primeiro-ministro, já há dois meses.

Simões Pereira falava esta segunda-feira em conferência de imprensa conjunta realizada em Bissau, pelo PAIGC e representantes dos outros partidos com assento parlamentar excepto o Partido da Renovação Social (PRS) e o da Nova Democracia(PND) que ficaram de fora, no quadro de um fórum de concertação. 

“O Presidente da República ultimamente só recebe o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC e o PRS, o que  não é normal, a não ser que haja  jogos sujos em causa”, disse o líder do PAIGC.

Acrescentou que o Presidente da República evocou o diálogo muitas das vezes como forma de solucionar a crise política vigente no país e que se vier a não receber Carlos Correia significa ausência do diálogo da sua parte.

Simões Pereira disse ainda que o encontro semanal entre o Presidente da República e chefe de governo é uma obrigação que deve ser cumprida, sublinhando que neste preciso momento o diálogo não pode faltar.

“É bastante grave passamos todo o tempo a dizer diálogo, quando na realidade recusamos reunir com os titulares dos órgãos da soberania que possa ajudar a solucionar a crise política que se vive no país”, lamentou líder do PAIGC.

Simões Pereira lançou um apelo ao José Mário Vaz no sentido de não aceitar que seja utilizado como um refém dos outros e para que não opta em resolver os problemas do país com particulares.

O Presidente do PAIGC disse que o partido que dirige ganhou as eleições nas urnas e que tentar lhe tirar o poder para atribuir um terceiro não irá bater com a normalidade da lei.
ANG/AALS/SG




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