Federação
apela mudanças no funcionamento para salvaguarda das instituições
Bissau, 03 Dez 19 (ANG) – A
Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas (FAAPA) apelou as
direcções das Agências de Notícias filiais à desfazerem do modelo tradicional e introduzirem novo sistema de
funcionamento económico mais viável para sua sobrevivência como órgãos da
comunicação social.
A revelação é do Director
Geral da Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre o balanço da sua participação
na 5ª Assembleia Geral da FAAPA, realizada entre os dias 29 e 30 de Novembro
findo em Rabat/Marrocos.
Salvador Gomes disse que a
Assembleia Geral da FAAPA foi antecedida de realização de um seminário de formação para
participantes cujo lema foi “O Modelo Histórico e Único das Agências de Notícias
Morreu ,Inventem o vosso Futuro”,.
Explicou que o apelo serve
para cada Agência de Notícias descobrir que tipo de modelo deve adoptar para o seu funcionamento e
subsistência, acrescentando que, com a evolução de novas tecnologias , o modelo até então usado por
muitas agências de notícias deixou de ser viável.
“É preciso ser mais
criativo, é preciso inovar e diversificar
os produtos a oferecer(texto, som e video), manter a credibilidade e a
confiança dos subscritores”, salientou.
Salvador Gomes disse que
ficou assente que as Agências de Notícias
devem acompanhar a evolução tecnológica e
ter recursos humanos a altura de produzir textos que interessam aos seus
clientes.
“Os tratamentos factuais que as Agências dão
as suas notícias, já estão a ser postos em causa. Já há quem defenda que é
preciso fazer mais inclusive produzir informações que mudam a vida nas
comunidades. Portanto informações credíveis e de qualidade(confirmadas e
verificadas)”, disse.
Afirmou que o modelo económico da Agência de
Notícias da Guiné não pode estar longe das inovações que tem que fazer para
sua rentabilidade económica através de diversificação de produtos a oferecer, à
semelhança de outras agências de notícias que tiveram o mesmo percurso que a
ANG mas que hoje se desenvolveram em vários aspectos.
Questionado como é que a ANG
pode entrar nessa senda, Gomes frisou que tem etapas que deve cumprir, uma vez
que ainda se encontra na fase de relançamento porque depois do conflito militar
de 1998, devido ao facto de a sede onde funcionava no aquartelamento da Marinha
for completamente destruída.
“Depois do conflito político militar de 7 de
Junho de 1998, fez-se um projecto para o
relançamento da ANG que não se realizou
infelizmente. Por isso, a ANG ainda se encontra numa fase de relançamento,
ainda sem correspondentes regionais que constituem a “força” de uma agência de
notícias.
Salvador Gomes disse que,
com o novo Secretário de Estado da Comunicação Social está em perspectiva a
elaboração de um novo Plano Estratégico para o desenvolvimento dos órgãos da
comunicação social público e então a ANG vai estar contemplada.
Falando de pagamento de
quotas anual na FAAPA no valor de 1000
dólares, Gomes disse que apesar de a ANG estar em dívida, por não ter
conseguido pagar nenhuma vez, isto não está a comprometer, por enquanto, a sua
participação em acções de formação promovidas em Marrocos, por esta organização
que reúne cerca de 30 agências de
notícias africanas.
Salientou contudo que está-se a fazer diligências para que um dia se possa pagar.
A FAAPA foi criada em
Outubro de 2014 e representa uma extensão das publicações de cerca de 30 agências filiadas.
A ANG é membro fundador
desta organização sediada em Rabat, Marrocos que, para além de proporcionar
estabelecimento de acordos de parcerias entre as agências filiadas, promove,
anualmente, acções de formação para jornalistas e técnicos de agências de países
membros.
Nesse quadro a ANG assinou
na última Assembleia Geral um acordo de parceria com a Inforpress, Agência de
Notícias de Cabo Verde.
Dos países da CPLP, são
membros da FAAPA, para além da ANG e Inforpress, a Agência STP Press, de São
Tomés e Príncipe e Angop, de Angola.ANG/MSC/ÂC//SG
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