Divisões marcam
cimeira de Londres
Bissau, 04 dez
19 (ANG) - A cimeira da NATO, em Londres, reúne terça e quarta-feira, líderes
de 30 países, num contexto de tensão entre os países membros.
O encontro
coincide com os 70 anos da Aliança Atlântica .
Um aniversário em plena crise. Afinal,
para que serve hoje a NATO? As dúvidas sobre a organização, criada em 1949
para proteger cerca de mil milhões de pessoas, foram, no fundo, lançadas
pelo Presidente francês, em Novembro, numa entrevista que provocou um
electrochoque entre os países-membros. Emmanuel Macron disse, na altura, que a
NATO estava num estado de morte cerebral e hoje insistiu que mantinha as
afirmações.
Nessa entrevista à The Economist, Emmanuel
Macron criticou a falta de coordenação entre os membros da NATO depois de a
Turquia - sem os ter avisado - ter invadido o norte da Síria para eliminar
os curdos sírios, que tinham sido aliados do Ocidente na luta contra o
Estado Islâmico.
Na
mesma entrevista, Macron perguntava o que faria a NATO se a Síria respondesse à
agressão turca no seu território, lembrando que o Artigo 5.º defende que “um
ataque a um é um ataque a todos”.
Em resposta, na semana passada, o Presidente
turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que é Macron quem está em “morte
cerebral”.
Por sua vez, esta manhã, ao lado do
secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, o presidente norte-americano,
Donald Trump, afirmou que Emmanuel Macron foi “muito insultuoso” quando
apontou que a NATO estava em “morte cerebral”.
Donald Trump também criticou a intenção
francesa de taxar os gigantes tecnológicos americanos como a Google, Apple,
Facebook e Amazon, e ameaçou aplicar taxas alfandegárias adicionais, que podem atingir
os 100 %, sobre queijos, champanhe e outras iguarias ou produtos franceses
equivalentes a 2,4 mil milhões de dólares. ANG/RFI
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