Presidente da ANP
pede deputados para privilegiarem procura de soluções
Bissau, 04 Mai
16 (ANG) – O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau (ANP)
pediu terça feira aos deputados para concentrarem na procura de solucoes que permita o país sair da actual crise
política institucional.
Cipriano Cassamá que
falava na abertura da terceira sessão ordinária da nona legislatura da
Assembleia Nacional Popular, reconhece que a crise prevalescente tem vindo a enfraquecer, cada
vez mais, as instituições da Republica, pelo que defendeu a necessidade de se trabalhar ,em conjunto, no
sentido de proporcionar melhores condições de vida aos cidadãos.
O Presidente da ANP
referiu que a presente reunião ocorre alguns dias depois do Presidente da Republica ter pedido aos parlamentares para encontrarem uma solução
para a crise, sob pena dele mesmo adoptar medidas de acordo com "a actual configuração
parlamentar".
Cipriano Cassamá
informou que no quadro deste esforço de procura de entendimento, a ANP acolheu
e participou activamente nos trabalhos da jornada de reflexão sobre a
estabilidade política promovida pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para
Consolidação da Paz da Guiné-Bissau (UNIOGBIS) que teve resultados
encorajadores.
“Durante a crise o
Supremo Tribunal da Justiça produziu três acórdãos seguidos e todas elas têm a
mesma força vinculativa geral e obrigatória e só falta a cada um cumprir a sua
parte”, referiu Cipriano Cassamá.
Apesar disso, segundo
o Presidente da ANP, os sinais de instabilidade persistem no hemiciclo, o que
lhe leva a interrogar sobre existência de condições objectivas e propícias para
o cumprimento da presente legislatura.
Cipriano Cassamá
pediu o empenho de todos os responsáveis de Órgãos de soberania na procura de
solução capaz de garantir a estabilidade que é fundamental para alcançar a
tranquilidade governativa e social.
O inicio dos
trabalhos desta sessão parlamentar foram entretanto adiados para hoje devido a
divergências entres as bancadas do PAIGC, no poder e do PRS, maior partido na
oposição quanto a situação dos 15 deputados, cuja perda de mandato havia sido
declarada pela Comissão Permanente da ANP, decisão que o Supremo Tribunal de
Justiça dera sem efeito.
Consta que no
parlamento estão os 15 deputados expulsos do PAIGC por violação dos estatutos e
mais os 15 mandatados pelo partido para substituir os expulsos, o que torna o
parlamento um fórum de 115 deputados quando a lei determina 102 .
O PAIGC requereu a mesa da ANP a clarificação da
situação dos 15 expulsos do partido uma vez que não é permitida, por lei, a
existência de deputados independentes.
A discussão sobre o assunto que a bancada do PAIGC
pretende mas que a do PRS considera injusta, uma vez que o Supremo Tribunal de
Justiça já ordenara a anulação da declaração da perda de mandato dos 15 tornou
a sessão parlamentar de terça-feira insuportável, com trocas de insultos entre
deputados das diferentes bancadas.
ANG/LPG/JAM/SG
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