Sindicatos sugerem criação de comissão interministerial
Bissau, 04 Mai 16 (ANG) - Os três Sindicatos do Sector da Saúde sugeriram esta quarta-feira a criação de uma comissão interministerial integrada por representantes dos três sindicatos, e dos ministérios da saúde, das finanças e da Função Pública para o análise conjunto das reivindicações no sector da saúde.
De acordo com o porta-voz dos três sindicatos de saúde, João Domingos da Silva, a decisão de criação da referida comissão é uma contra proposta à sugestão do governo de os sindicatos suspenderem a greve.
Domingos da Silva disse que concorda com o desconto nos salários dos que observaram a greve, desde que os seus problemas fossem solucionados por parte do governo.
O porta-voz apelou aos profissionais de saúde para se zelarem sempre para que os seus direitos sejam respeitados.
“Só unidos é que podemos exercer o nosso direito como profissionais da área de saúde, e só assim é que podemos conservar a nossa dignidade ”,disse Domingos da Silva.
Acrescentou que os profissionais de saúde deveriam merecer mais atenção, uma vez que correm o risco de contrair doenças e contaminar os seus familiares.
O porta-voz dos sindicatos da saúde considerou insuficiente e inflexível o empenho do governo nas negociações .
“Dói bastante ver pessoas a morrer, mas estamos a lutar igualmente pelo bem do povo guineense.Um hospital com condições permitirá que os pacientes fossem tratados da melhor forma possível”, referiu.
A greve em curso na saúde, que decorre há um mês, foi decretada pelos três sindicatos do sector, nomeadamente, o Sindicato dos Trabalhadores de Saúde ( STS), o Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA) e o Sindicato Nacional dos Quadros Superiores de Saúde (SINQUASS).
Os tres sindicatos exigem a colocação de novos ingressos, pagamento de subsídios de vela, a implementação da carreira, entre outras.
O Ministério da Saúde Pública, na pessoa de seu titular, Cadi Seidi tem tentado, sem sucesso, demonstrar aos grevistas que as reivindicações só poderão ser atendidas caso o Orçamento Geral do Estado for aprovado pelo parlamento, o que até então não aconteceu, devido a crise política que assola o país.
ANG/AALS/JAM/SG
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