Fórum Macau
aberto à adesão de São Tomé e Príncipe
“São Tomé e Príncipe é um dos membros familiares da lusofonia, pelo que o Secretariado Permanente tem uma atitude aberta quanto à sua participação no Fórum de Macau.
Caso a parte santomense apresente o pedido, o Secretariado Permanente está disposto em submeter aos países participantes do Fórum para efeitos de discussão”, indicou hoje à Lusa o Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau.
No dia 20 deste mês, São Tomé e Príncipe cortou relações diplomáticas com Taiwan e reconheceu a República Popular da China. Seis dias depois, na segunda-feira, a China anunciou o restabelecimento dos laços diplomáticos com o país.
São Tomé e Príncipe encontrava-se, até agora, excluído do Fórum Macau devido às relações com Taiwan.
Criado em 2003 por Pequim, o Fórum Macau tem um Secretariado Permanente e reúne a nível ministerial a cada três anos.
Na V Conferência Ministerial, em Outubro, não esteve qualquer representante de São Tomé, apesar de o país ter participado como observador nas reuniões do Fórum e de em 2013 ter enviado, pela primeira vez, um representante com a categoria de ministro.
São Tomé e Príncipe suspendeu relações com Pequim em 1997, reconhecendo Taiwan. No entanto, o presidente Manuel Pinto da Costa visitou a China em pelo menos duas ocasiões.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.
Já Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.
Pequim e Taipé afirmam que existe uma só China.
Quando São Tomé decidiu reconhecer Taiwan, a ilha era um dos quatro "tigres asiáticos", ao lado da Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura.
Apoiada numa pujante economia, Taiwan investia muito dinheiro na expansão do seu espaço político internacional.
Entretanto, a República Popular da China tornou-se a segunda maior economia mundial, com as maiores reservas cambiais do planeta, no valor de 3,44 biliões de dólares.
ANG/Lusa/Inforpress
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