Presidente da República sugere “diálogo nacional” como solução
Bissau, 21 Dez 16
(ANG) – O Presidente da República
apelou, terca-feira aos actores políticos e as organizações da sociedade civil para
um “diálogo nacional” como “única” via para
ultrapassar a presente crise política no país.
José Mário Vaz fez o
apelo numa reuniao com partidos
políticos e entidades de sociedade civil, sobre os resultados da última Cimeira dos Chefes de
Estado da CEDEAO,decorrido em Abuja na Nigeria, destando-se o impasse político
que assola a Guiné-Bissau há quase dois anos.
“Mais do que
continuar a cavar mais fundo os problemas que temos, entendo que o momento é
opurtuno para lançar um desafio a todos
os actores políticos. O desafio é que temos que continuar a dialogar entre nós,
os guineenses”, acrescentou.
Por isso, José Mário
Vaz diz “convidar a todos para entrar numa opurtunidade de diálogo nacional”,
segundo as suas palavras, se os guineenses “quisessem salvar o país e criar as
melhores condições que permitam perspectivar o futuro com confiança”.
Sobre a polémica na
interpretação do “Acordo de Conacri” entre os seus signatários, em relação a
figura do Primeiro-ministro, José Mário Vaz deixa a entender que a nomeação de
Umaro Sissoco Embaló ao cargo de chefe
do executivo, não viola este entendimento alcançado sob a mediação da CEDEAO.
“Em nenhum momento,
durante a Conferência de Abuja, foi posta em causa a legitimidade ou a continuidade
quer do actual Primeiro ministro, quer do novo governo”, afirmou.
De referir que, com a
excepção do PND, os partidos que contestam o actual governo de Umaro Sissoco
Embaló, nomeadamente o PAIGC, se ausentaram neste encontro convocado pelo
Presidente da República. Facto que José Mário Vaz diz lamentar.
No Comunicado Final da
50ª Cimeira que teve lugar no dia 17 do mês em curso, em Abuja, Nigéria, os
Chefes de Estado e de Governo do bloco
da África de Oeste, entre outros, manifestaram as suas preocupações em
relação a crise política no país.
Por isso,
recomendaram as autoridades políticas da Guiné-Bissau a cumprirem o “Acordo de
Conacri”, mediado pela CEDEAO, como “solução” para ultrapassar o impasse
político.
Enquanto isso, o
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exige a
exoneração do Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, alegando nao ser o nome
consensual retido” na Guiné Conacri.
ANG/QC/SG
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