Bissau,09
Dez 16(ANG) - A falta de governo na Guiné-Bissau tem contribuído para o aumento
da pobreza e da corrupção no aparelho do Estado, alertou hoje o presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto da Silva.
Augusto Mário da Silva |
O
Presidente guineense, José Mário Vaz, nomeou o general na reserva Umaro Sissoco
Embaló como primeiro-ministro a 18 de novembro, mas este ainda não formou um
governo.
Augusto
da Silva afirmou hoje que a crise política que assola a Guiné-Bissau tem levado
a que o país deixe de contar com políticas públicas devido a "ausência de
um governo legítimo" para as elaborar.
Para
o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, "a culpa é do
Presidente da República" que, disse, não consegue convencer os partidos
políticos a aderirem o executivo de Sissoco Embaló.
Augusto
da Silva diz que "há mais de um ano que não tem havido políticas
públicas", um vez que desde agosto de 2015 o país deixou de contar com um
governo com legitimidade para apresentar ao Parlamento um orçamento e o plano
de ação.
Aquele
responsável disse também que o facto tem levado à deterioração do respeito
pelos direitos humanos, a um aumento de pobreza e a tem feito com que a
corrupção acelere na administração pública por falta de controlo.
ANG/LUSA
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