Novo Ministro de Saúde promete controlo rigoroso das receitas do Hospital Nacional Simão Mendes
Bissau,21 Dez 16
(ANG) – O ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai prometeu fazer funcionar o
Hospital Nacional Simão Mendes através de um controlo rigoroso das suas
receitas.
A promessa foi esta
terça-feira feita pelo titular da pasta de Saúde Pública durante a visita que
efetuou àquele estabelecimento hospitalar.
“Os responsáveis de
cada serviço apresentaram problemas, mas o Hospital é um centro de referência e
faz diagnóstico de várias doenças e os referidos serviços são pagos”, vincou,
tendo questionado do paradeiro das receitas recolhidas nestes serviços, e afirmado
que é necessário um controlo das mesmas.
Carlitos Barai reconhece
existência de dificuldades e pede a colaboração dos directores dos diferentes
serviços para, em conjunto, encontrarem soluções para esses problemas.
Quanto as prioridades
para o sector, Barai disse que, primeiro, vai manter um encontro com os
técnicos do Ministério para o efeito.
Nesta perspetiva, salientou
a necessidade de conclusao das obras do Centro de Hemodialise e instalação de equipamentos que se
encontram no hospital há dois anos bem como a insuficiência de materiais no
serviço de raio X e a falta de especialistas
e do pessoal técnico.
Durante a visita o ministro foi confrontado
com inúmeras dificuldades com que se deparam
os serviços do Hospital Nacional Simão Mendes
(HNSM), sobretudo na Urgência, Pediatria,
Maternidade, Laboratório, Cozinha, Nefrologia e no Bloco Operatório , ambos com
insuficiência de materiais e de técnicos.
O Director-geral do serviço de Urgência do
Hospital, Leibniz Bacame Vaz revelou que o serviço depara com falta de
materiais de proteção dos técnicos, e de medicamentos.
Para a Directora da
Pediatria, Nadia Mendes da Silva, o problema tem a ver com o aumento de casos
de paludismo graves registados nos últimos tempos, e vindos principalmente da
região de Biombo. Por isso apela as mães no sentido de dormirem com os filhos de baixo de mosqueteiros para evitar o
contágio da malária.
Segundo a nutricionista
e responsável da Cozinha do Hospital, Berta Ié apesar de o Primeiro-ministro
ter cumprido a promessa de instalar duas arcas congeladoras, o hospital
continua a deparar-se com falta de
géneros alimentícios e de pratos.
Disse que para cobrir
a necessidade da Cozinha do Hospital, precisam diariamente de 120 quilos de
peixe, 90 quilos de arroz e 720 pratos, informando que um dos dois frigoríficos
oferecidos pelo chefe do governo já esta avariado e que assunto já é de conhecimento
da direcção do Hospital.
A Directora de
serviço de Laboratório, Lucilina Maimuna Indjai pediu a instalação de
equipamentos laboratoriais que hà dois anos se encontram naquele
estabelecimento sanitário e da garantia de stok de reagente e formação de técnicos que irão manejar os
referidos equipamentos, assim como melhoria de serviço de limpeza no hospital.
Por sua vez, o
director do Serviço de Nefrologia, Nelson António Delgado pediu igualmente a
instalação urgente de equipamentos no Centro de hemodiálises para evitar perda
de vidas e evacuação desnecessaria de doentes para estrangeiro que muitas vezes
acabam por falecer por atendimento tardío.
Falou da necessidade
de reforçar a segurança no hospital para prevenir agressões que os técnicos são
sujeitos pelos familiares ou de outras pessoas e da reparação da rede elétrica
em todos serviços.
A directora dos
serviços da maternidade, Magarida Sá, disse, por sua vez, que não dispõem de
lençóis suficientes, e que fatam dois técnicos para o novo bloco operatório.
Margarida ainda disse que o serviço funciona com 35
parteiras, 10 enfermeiros e 11 médicos, o que é insuficiente para atender o número
das pessoas que procuram aquele serviço.
ANG/LPG/ÂC/SG
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