Bissau, 13 Dez 16 (ANG) – Presidente José Mário
Vaz recomendou ao novo elenco
governamental a implementação de reformas fundamentais para ter um estado mais
eficiente, uma sociedade mais aberta e transparente.
O chefe de estado falava na cerimónia de
investidura do novo governo segunda-feira a noite anunciado.
José
Mário Vaz disse que o sucesso do governo vai depender da sua capacidade de
implementação de pacotes de reformas, previstas no acordo de Conacri, assim
como das outras que já se encontram nos seus respectivos Ministérios.
“Reformas, sobretudo nos sectores da justiça,
nas forças armadas, na economia, no comércio, na função pública, na saúde, na
educação, administração territorial, nos transportes e nas telecomunicações
“indicou o chefe de estado guineense.
José Mário Vaz afirmou que as reformas têm
que ser implementadas, doa a quem doer, mesmo que custe um lugar no futuro.
“Não
se pode trabalhar com olhos postos nos resultados eleitorais, porque isso
impede a tomada de decisões”, disse sublinhando que esta é uma oportunidade
única para que o país saia definitivamente da situação em que se encontra.
Avisou aos novos membros do executivo que a implementação
da reforma exige coragem e determinação, sob pena de serem adiadas. Disse que, se assim for, um dia ficarão com peso na consciência de que tiveram a oportunidade
de salvar e mudar o país mas não a fizeram
por medo de retaliação por parte de interesses instalados.
“Este governo tem oportunidade única, que nenhum outro teve para marcar a história
do nosso país, porque o Presidente da Republica esta disposto a apoiar todas as
reformas que vão ao encontro dos interesses do país e do povo ou seja emagrecer
as estruturas do Estado até aos limites da sua real capacidade financeira”, assegurou
José Mário Vaz.
Disse que não se pode ignorar que a
implementação destas reformas necessárias ao país para atenuar o sofrimento do
povo, exige o normal funcionamento da Assembleia Nacional Popular (ANP) e neste
sentido apelou ao hemiciclo, para ,em nome dos interesses superiores, retome o seu
plenário, permitindo assim que deputados exerçam, em liberdade, o papel que lhes
é confiado.
José Mário Vaz acredita que o país está em
boas mãos com este governo, “ por se tratar de uma equipa de Mulheres e homens
com provas dadas”.
Apesar das dificuldades financeiras do país, o
Chefe de Estado disse que esta equipa governamental saberá convencer e atrair
para o país, os investidores que possam criar riquezas e o emprego para os
guineenses.
O Presidente da Republica afirmou que a
prestação do serviço público é incompatível com a satisfação de interesses
privados, de familiares ou de grupos e que enquanto servidores do Estado, e que
é responder atempadamente e de forma eficaz aos problemas reais dos guineenses.
Afirmou que o novo executivo deve funcionar
para devolver a confiança dos cidadãos às instituições da república e aos
titulares dos órgãos da soberania, pelo que é necessária a adopção de uma política
de tolerância zero contra a corrupção, o clientelismo político e familiar, o
desvio de fundos públicos ou de procedimentos incorrectos praticados pelos titulares
dos cargos públicos.
Declarou que o destino do dinheiro de estado
é na conta do tesouro público, donde só sai com a decisão do comité da
tesouraria.
Baste de crises resultantes de agenda de políticas
pessoal e partidária, alinhadas com os interesses externas que não deixam o país
avançar.
Após a tomada de posse dos novos elementos do
governo, em funções até 2018, o chefe do executivo Umaro Sissoco procedeu a
entrega da declaração dos seus bens tanto no país como no estrangeiro e
solicitou aos restantes membros do governo a fazerem o mesmo no espaço de 48
horas.
ANG/LPG/SG
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