PAIGC e outras forças acusam PR de se afastar da Ordem Constitucional
Bissau,14 Dez 16 (ANG) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e outras forças partidárias acusaram terça-feira o Presidente da República guineense de se afastar, de forma perigosa, da ordem constitucional ao dar posse a um novo Governo.
Em
comunicado, o Espaço de Concertação Política dos Partidos Democráticos da
Guiné-Bissau exprime "profunda indignação pelo contínuo e perigoso
afastamento" do Presidente em relação aos "acordo firmados" e à
"ordem democrática e constitucional".
Os
partidos consideram que a formação do executivo e a escolha do novo
primeiro-ministro, Umaro Sissoco, contrariam o acordo de Conacri, que juntou os
dirigentes políticos guineenses em outubro sob mediação da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Segundo
referem, nem o líder do executivo é de consenso, nem a equipa respeita a quota
de cada força no parlamento, como acordado.
"Perante
tamanha violação do acordo de Conacri e das leis da República, o Espaço de
Concertação Política dos Partidos Democráticos expressa o seu repúdio e condenação dos atos do Presidente e
identifica-o como exclusivo responsável pela crise prevalecente e por todas as
consequências que daí derivam", conclui o comunicado.
O
PAIGC e os partidos que o acompanham criticam também o facto de José Mário Vaz
ter dado posse ao Governo, apesar de haver vários apelos para que se aguardasse
pela cimeira de chefes de Estado da CEDEAO, no sábado, reunião para a qual está
agendado o anúncio do primeiro-ministro de consenso escolhido em outubro.
O
Espaço de Concertação Política dos Partidos Democráticos é constituído pelo
PAIGC e outros dois partidos com assento parlamentar, a União para a Mudança
(um deputado) e o Partido da Convergência Democrática (dois deputados), além de
outras três forças sem assento parlamentar: PUN, MP e PST.
ANG/LUSA
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