Bissau, 29 Dez 16
(ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
acusa, mais uma vez, o Presidente da República de pretender instaurar o regime
ditatorial na Guiné-Bissau.
A acusação consta
num comunicado à imprensa desta formação política, hoje divulgado em jeito de reação às denúncias do Presidente
do partido APU-GB (Nuno Nabiam), segundo as quais “José Mário Vaz tem um plano para forçar a aprovação do Programa do
Governo de Umaro Sissoco Embalo, através de assalto ao Parlamento, detenção do
seu líder e constituição de uma nova
mesa“, que passaria a dirigir o órgão.
No documento, o
PAIGC considera de “grosseiras e perigosas” violações da Constituição da República
e demais leis, as ameaças à integridade física de políticos e a “resusa de
cumprir os Acordos de Bissau e de Conacri, considerados
pelos principais parceiros internacionais como o único instrumento susceptível
de fazer ultrapassar a grave crise que o país enfrenta”.
No que tange as
acusações públicas do Presidente do APU-GB, na semana passada, o PAIGC considera que as mesmas devem merecer “uma atenta análise e profunda
reflexão de todos quantos neste país pugnam pela defesa da liberdade,
democracia e das leis que regem o país”.
Por isso, o partido
dos “Camaradas” adverte o Presidente da
República, de que, “será
responsabilizado por tudo quanto venha a acontecer na Guiné-Bissau, cujas
consequências imprevisíveis poderão catapultar o país em direção ao abismo”.
Para além de acusar
a Comunidade Internacional de “alguma passividade”, o PAIGC pergunta do papel
da Procuradoria-geral da República face aos “graves factos que atentam contra os pilares do Estado de Direito
Democrático”.
Esta maior formação
política do país exorta o Presidente do Parlamento, Cipriano Cassama, a
continuar a pautar a sua atuação pela observância dos preceitos constitucionais e
regimentais, não obstante as “sérias ameaças que impendem sobre ele e os seus
mais diretos colaboradores”, contando com o “apoio” dos militantes do Partido e do povo guineense.
Por fim, o Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) promete “continuar a lutar
contra tudo e todos os que buscam, em nome dos seus interesses pessoais e de
grupo, subverter as leis e tentar, a todo o custo, continuar a beneficiar do
trabalho corajoso, patriótico e de sacrifício que o povo guineense continua a
prestar ao país”.
O PAIGC recusa
integrar o actual governo liderado por Umaro Sissoco Embaló, alegando que na
sua formação, o Presidente da República “violou” a Constituição da República e
o Acordo de Conacri.
ANG/QC /SG
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