Primeiro-Ministro considera indispensável assistência da
Comunidade Internacional
Bissau,30 Set 14 (ANG) - O
primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira considerou segunda
feira em Nova Iorque que é indispensável a assistência da Comunidade
internacional ao novo ciclo politico que
o pais enfrenta.
Simões Pereira que discursava na
69/a Assembleia Geral das Nações Unidas justificou que a Guiné-Bissau se
encontra na condição de Estado institucionalmente frágil, pós-conflito e com
parcos recursos financeiros, acrescida às consequências políticas, económicas,
ambientais e sociais gravosas.
“Gostaria
de partilhar a esperança renovada da sociedade guineense em relação a este novo
ciclo político e dar-vos conta da nossa vontade política e profundo empenho nos
processos de consolidação da estabilidade política, revitalização e reforço da
capacidade do Estado e criação de premissas essenciais para a prossecução dos
desígnios dos guineenses”, disse.
Declarou
que esta abordagem da assistência internacional colocada no centro do diálogo
com os parceiros externos, decorre da agenda da governação que se articula em
três componentes essenciais, nomeadamente o Programa de Urgência, da
Contingência e o de Desenvolvimento a médio prazo.
O Programa
de Urgência, segundo Simöes Pereira contempla a garantia de segurança alimentar
e estabilidade social, através do apoio à produção e comercialização de
produtos agrícolas, melhor acesso aos alimentos e rendimentos por parte das
populações, prestação de serviços básicos de educação, saúde e fornecimento de
água potável e energia elétrica às populações.
A regularização de atrasados salariais dos
agentes públicos, um plano de acção de emergência sanitária, direcionado para a
prevenção e resposta à ameaça da epidemia de ébola, são entre outros espectros
constantes no Programa.
Domingos
Simões Pereira sublinhou que o Programa de Contingência visa essencialmente
assegurar a transparência e prestação de contas em todos os contratos de
concessão e de exploração de recursos naturais, e estancar os procedimentos
nefastos que levaram à pilhagem dos recursos florestais e haliêuticos do país
durante os últimos dois anos.
O chefe do Governo guineense afirmou
que o apoio da Comunidade Internacional representou uma extraordinária
contribuição na resolução do processo de transição política do país, daí os
agradecimentos de todo o povo guineense.
Destacou que a sub-região foi incontornável na assistencia financeira para o funcionamento do aparelho de Estado, factor determinante para que se chegasse ao ponto actual.
“Queremos
endereçar uma palavra de apreço e de profundo reconhecimento as forças de
ECOMIB que, graças ao seu desempenho e profissionalismo garantiram uma
transição pacífica e ordeira” Da mesma forma, saudamos os esforços de todos os
actores políticos nacionais e dos parceiros externos no sentido de produzir o
consenso necessário a favor da continuidade de uma força internacional de
estabilização após o período do presente mandato”, agradeceu Domingos Simões
Pereira.
O chefe
do executivo guineense manifestou o profundo reconhecimento e gratidão a todos
os parceiros internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana, a
CEDEAO, a CPLP, União Europeia, UEMOA, OIF cujo apoio foi importante no
acompanhamento e gestão do processo de transição política, assim como na
realização, no país, de eleições gerais livres, transparentes e justas.
ANG/Angop