sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Luta Livre

Guiné-Bissau participa com três atletas no Mundial de Uzbequistão

Bissau,05 Set 14 (ANG) - A Guiné-Bissau vai marcar presença com três atletas no Campeonato Mundial de Luta Livre, que se disputa entre os dias 07 e 14 de Setembro, no Uzbequistão.

Segundo o Presidente da Federação guineense de Luta Livre, Muniro Conté, em declarações à imprensa, o atleta Augusto Midana que se sagrou recentemente campeão de Africa na categoria de 74 kg, Quintino Ntip, 69 kg, e Jacira Mendonça, 63 kg, "vão fazer uma boa figura" na prova.

Conté explicou que em consequência da vitória de Augusto Midana no Campeonato Africano, que teve lugar na Tunísia, a Guiné-Bissau passou do sétimo para quinto lugar no “ranking” da Federação Internacional de Luta Associada (FILA).

"Todos estes atrativos fazem da Guiné-Bissau uma das fortes candidatas à medalhas no Campeonato do Mundo. Estamos optimistas de que ganharemos medalhas", disse Muniro Conté.
Aquele dirigente desportivo sublinhou que a participação dos atletas guineenses no Usbequistão só é possível "graças aos apoios" da FILA, que pagou as passagens, e do Governo guineense, que disponibilizou seis milhões de francos CFA (cerca de 9.000 euros) para "outras despesas" dos cinco elementos da caravana.

Além dos três atletas, fazem parte da delegação um técnico e um elemento da Federação guineense de Luta Livre.

O presidente da federação enaltece o "gesto do Governo" em disponibilizar parte do dinheiro que irá facilitar a participação dos atletas, mas considerou, por outro lado, que a modalidade ainda não esteja no lugar de destaque que merece.

"Registamos com apreço o gesto do Governo, que demonstra que as novas autoridades partilham da nossa visão quando consideramos que a luta é um porta-bandeira da Guiné-Bissau", afirmou Munino Conté.

Destacou que a Luta Livre trouxe para Guiné-Bissau, nos últimos 20 anos, mais de 30 medalhas, pelo que "merecia outra atenção" das autoridades e dos próprios guineenses.
Para Conté, a luta é a modalidade desportiva que "dá visibilidade à Guiné-Bissau" no mundo.

Devido à falta de organização interna e de infraestruturas adequadas, os atletas guineenses que vão representar o país no Usbequistão treinam e desenvolvem as suas qualidades no Senegal, ao abrigo de uma bolsa do Comité Olímpico Internacional.

No próximo ano, segundo Conté vai ser relançada a modalidade a nível interno com a retoma do campeonato nacional e festivais, que não têm lugar há vários anos. ANG/ÂC/SG

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