Governo
e Banco Mundial defendem extinção do imposto Funpi
Bissau, 23 Set 14 (ANG) – O
Governo da Guiné-Bissau e o Banco Mundial defenderam hoje a extinção do imposto
destinado a Promoção de industrialização de produtos Agrícolas denominado
(FUNPI), instituído em 2011.
A posição foi tornada publica
pelo ministro da Economia e Finanças durante a cerimónia de apresentação do
relatório do estudo sobre o FUNPI levada a cabo por uma missão do Banco Mundial.
Geraldo Martins disse que o
referido fundo possui efeitos perniciosos para o país, por isso o executivo
defende a sua extinção, alegando que a industrialização da castanha de caju
poderá ser promovida com outros mecanismos que não seja o FUNPI.
“O FUNPI reduz o rendimento
dos produtores em cerca de 11 por cento e aumenta a pobreza em 2 por cento e de
forma geral em quatro por cento”, esclareceu Geraldo Martins.
O governante sublinhou que em substituição do
FUNPI pretende-se introduzir novas taxas nomeadamente sobre o álcool, como um
dos mecanismos para implementar a promoção da indústria de caju no país.
Por sua vez, a missão do Banco Mundial
conclui que a extinção do fundo acima referido irá reduzir a pobreza, aumentar as
receitas do Estado, melhorar as relações com o sector provado e contribuir de
forma positiva, para a boa governação.
A missão do Banco Mundial reconhece a
importância que a industrialização da castanha de caju tem para o desenvolvimento
da Guiné-Bissau e na criação de emprego, na diversificação da economia, mas
defende que deverá ser feita de uma forma eficiente e transparente, sem
prejudicar os agricultores.
O estudo do Banco Mundial indica que o fundo
contribui para redução e os preços no produtor em 20 por cento e diminui os
seus rendimentos em 11 por cento, porque a maior parte desse imposto recai
sobre os agricultores, fomenta o contrabando e pode desincentivar a produção.
A missão informa ainda que os exportadores e
comerciantes necessitam de cobrir os seus custos e os agricultores não têm
outra opção a não ser aceitar os preços oferecidos porque cerca de 75 por cento
deles é pobre.
Os exportadores concordam
com a posição do governo de extinguir o imposto de Funpi.
O representante da
Associação dos Exportadores, Mamadu Iero Djamanca presente na cerimónia referiu
que o FUNPI foi ferido de honestidade e da transparência logo na sua criação.
Iero Djamanca ainda
sustentou que o país não tem capacidade para girar o fundo que num espaço de
cinco meses conseguiu angariar cerca de vinte milhões de dólares.
ANG/LPG/SG
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