quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Saneamento




CMB reconhece incapacidade para remoção de lixos

Bissau, 11 Set.14 (ANG) - A Câmara Municipal de Bissau se debate com enormes dificuldades em termos de meios materiais para a remoção total das pelo menos 800 toneladas de lixos que diariamente são produzidos a nível da cidade de Bissau, confirmou hoje à ANG o vice-presidente da edilidade.

Marciano Indi lamentou o facto das receitas de cobranças diárias efectuada nos mercados não poderem cobrir as despesas de aquisição de materiais de trabalho e de pagamento dos salários aos cerca de 800 funcionários da CMB.

Por outro lado, segundo Indi, muitas taxas deixaram de ser pagas à CMB e isso estaria a reflectir de forma directa na capacidade de arrecadação de receitas, nomeadamente o fundo predial, o qual o próprio estado deixou de pagar. 

“A CMB iniciou as cobranças às empresas endividadas mas existe sempre telefonemas que advém de mãos ocultas que ordenam o não encerramento de certas empresas”, explicou o vice-presidente.

Marciano Indi disse que a maioria dos Mercados do país são improvisados e sem condições higiénicas e que as cobranças são feitas de uma forma desorganizada e as receitas diárias são cerca de um milhão, o que segundo afirmou não dá para cobrir despesas de remoção de lixos.

Questionado sobre quando vão ser removidos os lixos amontoados durante a campanha de limpeza feita a nível nacional, Marciano respondeu que já produziram um documento que vai ser entregue ao ministro da administração interna para que este o apresente ao conselho de ministros a fim de apoiar financeiramente na remoção do mesmo.

“Nos anos 80 a cidade de Bissau era considerada a mais limpa da costa ocidental porque contava com cerca de cinquenta mil habitantes, actualmente tem mais de quatrocentos mil, e diariamente produzem cerca 800 toneladas de lixos na capital, a CMB não possui meios financeiros para face a essa situação”, disse. 

 Marciano Indi informou que o presidente da CMB se encontra na China, onde deve assinar acordos de parcerias, e aconselha ao governo a fazer eleições autárquicas “porque, segundo suas convicções, é a única solução para o saneamento básico no país. 


ANG/JD/SG

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