quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Turquia


                                    Erdogan dirige ultimato a Assad
Bissau, 06 fev 20 (ANG) - O presidente turco Recep Erdogan dirigiu hoje um ultimato ao regime de Bachar el Assad no sentido de recuar as suas posições no noroeste da Síria.
Desde Dezembro, o exército sírio apoiado pelos seus aliados russos tem avançado rumo a Idleb, para retomar o controlo das últimas localidades ainda nas mãos de jihadistas e grupos rebeldes, estes últimos sendo apoiados por Ancara.
Na passada segunda-feira, trocas de tiros entre militares sírios e turcos causaram mais de 20 mortos.
Apesar de um cessar-fogo em vigor desde o passado 12 de Janeiro, as armas não se calam e na passada segunda-feira, as tropas de Bachar el Assad visaram posições turcas, causando 8 mortos, sendo que a Turquia ripostou logo com bombardeamentos que por seu lado causaram a morte de pelo menos 13 soldados sírios.
Perante esta situação, o Presidente turco que acusa a Rússia de não ter pressionado o suficiente o regime sírio, garantiu por outro lado que "vai ripostar sem pré-aviso a qualquer ataque contra os militares turcos ou contra os combatentes rebeldes sírios com os quais a Turquia coopera". Declarações que o Ministro sírio dos Negócios estrangeiros qualificou logo de "enganos e mentiras".
Apesar das advertências turcas, nas últimas 24 horas, as forças do regime sírio têm progredido no noroeste do país onde, segundo indica o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, retomaram mais de 20 localidades anteriormente sob controlo jihadista ou rebelde, esta mesma fonte indicando que bombardeamentos russos causaram a morte de 3 membros de uma mesma família naquela zona.
De acordo com a ONU, os combates na região de Idleb causaram desde Dezembro mais de meio milhão de deslocados que na sua grande maioria se dirigiram para a fronteira com a Turquia, país onde já encontraram refúgio mais de 3,5 milhões de sírios desde o começo do conflito em 2011.
Neste contexto, países ocidentais solicitaram uma reunião de urgência do Conselho de Segurança esta quinta-feira. ANG/RFI


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