Mama Saliu Lamba acusa MAI de conluio no seu espancamento
Bissau
19 Mai 15 (ANG) – O empresário Mama Saliu Lamba acusou o Ministério da
Administração Interna de ser cúmplice no espancamento de que foi vitima
juntamente com outros colegas, durante a eleição da nova Direcção da Câmara de
Comércio Industria, Agricultura e Serviços(CCIAS), decorrido no passado dia 10
do mês em curso.
Em
conferência de imprensa realizada terça-feira em Bissau, Lamba, ladeado de empresários que contestam a
gestão do Fundo da Industrialização e Comercialização dos Produtos
Agrícolas(FUNPI),afirmou que foram agredidos pelos apoiantes de Braima Camará,
vencedor dessas eleições.
"Quando
os apoiantes de Braima Camará atiraram pedras, garrafas e paus contra nós,
fugimos em direcção às forças de ordens que estavam no local e estes em vez de
nos socorrer, colaboraram no nosso espancamento", acusou.
Saliu
Lamba acrescentou que um elemento da polícia pegou num ferro e bateu-lhe na
cabeça, provocando-lhe uma sutura de dez pontos.
“
De seguida meteram-me na parte traseira duma viatura dupla cabine e passearam
comigo durante horas nas ruas de Bissau para posteriormente me levarem ao local
onde decorria a Assembleia-Geral da CCIAS onde me humilharam", contou.
Por
sua vez, o Porta-Voz do Grupo disse que o incidente foi uma montagem dos
apoiantes de Braima Camará para confundir a opinião pública.
Idrissa
Djaló considerou de triste as afirmações do Comissário Nacional Adjunto da
Policia, Bernardo João Vilela que os acusou de terem protagonizado desordem
durante o evento do dia 10.
Acusou
as forças de ordem pública de desempenhar um papel que não é da sua competência
durante todo o processo eleitoral da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura
e Serviços.
O empresário disse que o ministro da
Administração Interna tinha de antemão recebido, da parte dos empresários, um
mandato do juiz que ordenava a suspensão das actividades eleitorais na CCIAS.
“O
ministro da Administração Interna está
ciente de que a sua autorização para a continuidade do processo eleitoral da Câmara
do Comercio foi ilegal”, acusou Idrissa Djalo.
Conforme
o porta voz, o grupo vai emitir uma queixa junto de instâncias judiciais da
UEMOA e CEDEAO.
Djaló
disse que o maior problema de todo esse imbróglio tem a ver com a exigência de prestação de
contas relacionadas a gestão do FUNPI.
Apesar
dos incidentes a eleição decorreu tendo sido ganha por Braima Camará com 92 por cento dos votos ou
seja 1.278 votos contra os 109 do seu opositor, Braima Canté.
Camara
foi assim reconduzido para o exercício do seu segundo mandato como presidente
da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços.
ANG/FGS/JAM/SG
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