quinta-feira, 28 de maio de 2015

Economia



 



Bissau, 28 Mai 15 (ANG) - A Guiné-Bissau pretende atrair investimento da China para a indústria agro-alimentar do país, nomeadamente no processamento de castanha de caju, disse quarta-feira em Macau o delegado guineense no Secretariado Permanente do Fórum Macau.

Malam Camará, à margem de um encontro sobre o comércio de produtos agro-alimentares da Guiné-Bissau, organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), disse à agência de Noticias de Portugal- Lusa, ser uma prioridade a captação de investimentos naquele segmento do negócio agrícola, o principal produto de exportação do país.

O delegado da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau disse ainda ter já havido “alguma manifestação de interesse” por parte de empresários da China e acrescentou que apesar de não ter sido concretizado qualquer projecto há potencial porque “a China é dos maiores consumidores de caju” e tem “tecnologia para transformar” o produto.

Malam Camará mencionou também que o desenvolvimento de infra-estruturas portuárias na Guiné-Bissau pode interessar aos investidores chineses, tendo dado a conhecer aos participantes no encontro  alguns projectos nesse sentido, incluindo as obras para um porto de águas profundas em Buba, no sul do país.

No decurso do encontro, o empresário local John Lo Seng Chung, presidente executivo do Excelente International Group Ltd, apelou aos congéneres para que invistam na Guiné-Bissau, dado que “embora haja poucas infra-estruturas existem muitas oportunidades de negócio.”

John Lo Seng Chung, que é cônsul honorário da Guiné-Bissau em Macau, disse que a Guiné-Bissau tem muitos recursos naturais que vão dos frutos à castanha de caju, passando pelo pescado, madeira e diversos minerais.

O empresário reconheceu que a Guiné-Bissau carece da capacidade tecnológica necessária para processar produtos para exportação, nomeadamente alimentares, e sugeriu que as empresas de províncias chinesas como Guangdong, Hunan e Shandong forneçam apoio àquele país africano em termos de conhecimentos e maquinaria agrícola. 

ANG/Lusa


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