"Chegou a hora de pegar num instrumento de trabalho
para desenvolver o país", exorta Simões Pereira
Bissau,22 Mai 15 (ANG) - O
Primeiro-Ministro advertiu aos populares do sector de Quebo, região de Tombali,
no sul da Guiné-Bissau de que chegou a hora de todos pegarem num instrumento de
trabalho para o desenvolvimento do país.
Segundo um comunicado do seu
Gabinete de Comunicação e Informação enviado a partir
de Quebo à ANG, Domingos Simões Pereira
que iniciou na quarta-feira uma digressão à algumas localidades do Leste e Sul
do pais, manteve quinta-feira um
encontro com os populares do sector de Quebo onde considerou que a luta de libertação
nacional só vale a pena se os guineenses forem capazes de desenvolver o país.
" Não é preciso acabarmos com todo o pescado nas nossas
águas para que possa haver desenvolvimento. Temos sim que usar a cabeça para
trabalhar, como outros povos trabalharam", sustentou.
Simões Pereira
sublinhou que os guineenses merecem de facto ter uma condição de vida melhor ,
acrescentado que não existe outro
caminho para conseguir esse desiderato que não seja o trabalho.
"Após a Mesa Redonda de Bruxelas, acredito que a única
disponibilidade que existe é nós agarrarmos afincadamente ao trabalho, porque o
desenvolvimento só acontece onde as
pessoas produzem", referiu.
O chefe do executivo disse que se o interior do país não
é acolhedor ninguém ficará lá para viver, tendo salientado que devem acabar os complexos que dividem os guineenses por causa da raça e religião.
"Nós na Guiné-Bissau não conhecemos essa diferenciação!
Vivemos entre nós. Não existe outra maneira de reconstruir o país, que não seja
o trabalho", afirmou.
Simões
Pereira revelou que foram aconselhados pelos parceiros para copiarem os
esforços que certos países fizeram para alcançar o desenvolvimento.
Indicou
os casos da Malásia e Cabo Verde
reafirmando que aceitou o desafio e respondeu que “nós não só vamos ver, como
um dia queremos ter um melhor desenvolvimento do que os referidos países”.
Recordou
à população de Quebo que, depois de formar o governo esteve a resolver os
problemas, para que a escola funcionasse, a cólera e a ébola não invadissem o
país.
“Se o
ébola não chegou até hoje ao país foi
graças ao trabalho de toda a população.
O
Administrador do Sector de Quebo, Braima Djaló, disse estar satisfeita com o
empenho do Governo, sobretudo com o record nacional da compra do caju, e
com o sucesso da Mesa Redonda.
Enalteceu
o projecto da iluminação publica daquele sector, frisando que desde os tempos
dos colonos, que Quebo se encontrava na
escuridão.
Apelou para
que se conceda créditos às mulheres e jovens e que seja concluída a construção
do mercado local iniciada desde 1985.
ANG/AC/JAM/SG
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