Augusto Mário da Silva é o novo Presidente da organização
Bissau 21 Maio 15
(ANG) – O jornalista e advogado Augusto Mário da Silva é o novo Presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos, eleito durante o IIIº Congresso Ordinário
desta organização que decorreu no passado dia 16.
Num universo 72 delegados, 69 deles, o
correspondente a 93 por cento, votaram a favor de Augusto Mário da Silva, que
se apresentou a corrida sem adversário.
Em declarações à
imprensa momentos após a sua eleição, o novo Presidente da LGDH afirmou que a
sua liderança vai basear-se em três
eixos essenciais, designadamente, a consolidação das conquistas alcançadas pela
anterior direcção e do Estado do Direito,
e a dinamização da participação da organização nos fóruns internacionais, tanto
no plano regional africano bem como global.
O novo homem forte da
LGDH, avisou que a consolidação da coesão interna da organização passa
necessariamente pela criação de consensos sobre os grandes assuntos da
estrutura que dirige o que, segundo ele, passa pela promoção do diálogo franco,
aberto e inclusivo envolvendo todas as sensibilidades e estruturas da Liga.
“ Quer, queiramos quer
não temos que reconhecer que a direcção cessante enfrentou com sucesso, o duro
desafio de resgatar a organização dos escombros em que se encontrava”, disse
Augusto Mário para depois afirmar que herdaram uma instituição com nível de
confiança e credibilidade que só é comparável aos primórdios da sua existência.
Aquele activista dos
direitos humanos ainda prometeu que a direcção que lidera vai contribuir para o
fortalecimento do sistema internacional de protecção dos direitos humanos, participação
da LGDH em conferências internacionais, estreitando assim a cooperação com
parceiros internacionais tais como a Federação Internacional dos Direitos
Humanos, a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e a Organização
Mundial Contra a Tortura.
Por sua vez, o presidente
cessante, Luís Vaz Martins afirmou que a organização está bem entregue.
Vaz Martins
referiu-se aos momentos mais marcantes e conturbados do seu exercício
presidencial da organização, nomeadamente o caso dos assassinatos das altas
figuras do Estado, o Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, e as perseguições
dos activistas dos Direitos Humanos.
Falando do seu futuro,
Luís Vaz Martins prometeu continuar a colaborar com a liga e com as
organizações da Sociedade Civil para a afirmação do Estado do Direito na Guiné-Bissau
sobretudo manter-se ao lado dos mais fracos.
O acto de abertura do
IIIº Congresso Ordinário da LGDH foi presidido pela ministra da Justiça
Carmelita Pires e o de encerramento pelo Procurador-geral da República,
Hermenegildo Pereira, na presença do fundador da LGDH Fernando Gomes.
ANG/MSC/JAM/SG
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