Oposição unida à volta de Barrow na corrida contra Yahya Jammeh
Bissau, 03 Nov 16 (ANG) - A oposição gambiana
escolheu, em Banjul, um candidato único às eleições presidenciais de Dezembro
para defrontar o Chefe de Estado cessante, Yahya Jammeh, que concorre para um
quinto mandato, noticiou a agência de notícias France Press.
Yaia Djemé |
Adama Barrow, 51 anos, membro de direcção do Partido
Democrático Unificado (UDP), principal força política da oposição, foi
designado, no domingo, pelos delegados dos sete partidos da oposição reunidos
em convenção em Banjul, para ser o candidato único às eleições presidenciais
marcadas para 1º de Dezembro.
O empresário do sector imobiliário obteve 308 dos 467 votos durante a votação dos delegados dos diferentes partidos provenientes das sete regiões administrativas da Gâmbia.
Os restantes três candidatos, todos líderes de
partidos da oposição, Hamat Bah, Halif Sallaf e Lami Bojang, partilharam
o resto dos sufrágios.
“Pusemos as nossas diferenças de lado no interesse do país. Os gambianos estão cansados de 22 anos de má gestão do Presidente Yahya Jammeh, aos quais vamos pôr fim quando formos às urnas”, disse Adama Barrow após a sua designação no quadro político.
Adama Barrow, que defende a junção de forças entre os partidos da oposição “para salvar esse país da destruição”, qualificou de “ridícula” a decisão da Gâmbia de retirar-se do Tribunal Penal Internacional, alegadamente por este “perseguir os africanos, em particular os seus dirigentes.”
Adama Barrow, a seu jeito, tinha qualificado
esta decisão de “ridícula”, considerando-a um gesto medroso do poder em perder
à eleição de Dezembro.
“Eles sabem que as pessoas vão votar contra eles, devido ao incumprimento dos programas de governação”, declarou. “É por isso que tudo fazem para se proteger.”
A oposição gambiana anunciou a 15 de Outubro que apresentava um candidato único em Dezembro, numa rara manifestação de unidade contra Yahya Jammeh, colocando de lado “as suas divergências no interesse supremo da nação.”
Yahya Jammeh, 51 anos, dirige o pequeno país da África
Ocidental há 22 anos e foi eleito em Fevereiro candidato do seu partido, a
Aliança para a Reorientação e Construção
Patriótica (APRC), às eleições presidenciais do próximo mês. Os seus apoiantes
reconhecem que ele conseguiu concretizar boas políticas.
ANG/JA
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