terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Direitos Humanos


“Reforma do setor da justiça é «urgente» – Diz Liga dos Direitos Humanos

Bissau,07 Fev 17(ANG) - O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, defendeu segunda-feira ser «urgente» reformar o sistema de justiça do país que classifica como um instrumento de propagação de incertezas.
Presidente da LGDH

O dirigente falava na abertura de uma conferência internacional sobre Direitos Humanos coorganizada com duas instituições portuguesas no âmbito do projeto Observatório dos Direitos.

Augusto Mário da Silva aproveitou a ocasião para criticar a recente decisão da justiça guineense que mandou desalojar cerca de duas centenas e meia de famílias num bairro periférico de Bissau, acusadas de ocupação ilegal de terreno.

As famílias conseguiram reverter a situação por ordens do Governo guineense, volvidas algumas horas ao relento.

Os desalojados prometem contestar a decisão junto do Supremo Tribunal de Justiça.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, a situação foi «uma demonstração clara da urgente e imperiosa necessidade de se proceder à reforma do setor da justiça».

«Esta inovadora decisão judicial, para além de ser insensata, viola de forma grosseira o direito vigente na Guiné-Bissa», observou Augusto Mário da Silva.

O dirigente da Liga dos Direitos Humanos notou serem recorrentes situações semelhantes «em que o Estado prejudica e violenta os cidadãos» pelo que, disse, a reforma do sistema judicial é necessária e urgente, defendeu.

O delegado da União Europeia, na Guiné-Bissau, o português Victor Madeira dos Santos, cuja instituição financia o projeto Observatório dos Direitos, sublinhou que em democracia o Estado deve trabalhar para a melhoria das condições de vida da população.

Cada governante «deve saber contribuir para expandir a liberdade individual de cada cidadão», frisou.
ANG/Lusa

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